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Buscamos a emoção o tempo todo, nem que seja a emoção da briga, do desentendimento, da desordem…

Tem uma hora nas nossas vidas, que acreditamos que não vamos mais conseguir ter “primeiras vezes”. Estamos certos até certo ponto. Não será mais possível ter seu primeiro beijo, seu primeiro dia de aula na escola, sua primeira transa, seu primeiro emprego, sua primeira viagem e por aí vai.

Por vezes penso que isso pode impedir algumas pessoas de, por exemplo, assumir relacionamentos mais sérios. O medo do para sempre, o medo do definitivo, o medo de não mais se apaixonar e sentir borboletas no estômago é algo que acaba pesando em algumas decisões.

O ser humano está sempre buscando a novidade, a empolgação, o frio na barriga. Por mais que neguemos, viver em paz às vezes assusta por pensarmos que paz é chato, paz é careta, tem muito tédio na paz. E com isso buscamos a emoção o tempo todo, nem que seja a emoção da briga, do desentendimento, da desordem…

Acredito que se formos criativos o suficiente, podemos achar essas primeiras vezes em tudo, quase todos os dias, até mesmo naquele relacionamento ou emprego que temos há anos.

Podemos ter a primeira vez que tomamos o sorvete daquela sorveteria que está super na moda, podemos ter a primeira vez que viajamos à Paris em companhia do nosso amor, podemos ter a primeira vez que fizemos um caminho diferente para ir ao trabalho,a primeira vez que adotamos um cachorro de rua, a primeira vez que jantamos no restaurante indiano, primeira vez que fizemos uma trilha de bicicleta, que vestimos uma roupa roxa, que nos matriculamos na academia, que fizemos meditação budista, que experimentamos uma aula de yoga, que fizemos mergulho com cilindro, que andamos de patins no gelo, que doamos sangue, que ouvimos uma banda da Tanzânia. Se soubermos olhar bem de pertinho e com bastante carinho, podemos ter infinitas primeiras vezes.

Existe uma frase que circula por aí com autoria de Dalai Lama que diz: “Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.”, eu concordo, mas acho pouco se pensarmos que esse lugar pode ser até a padaria do seu bairro onde você pode tomar um café da manhã especial.

Dá pra ter uma vida mais “comum”, e ainda assim viver com encantamento, o encantamento da primeira vez, é só saber buscá-lo.

Adriana Biem

Adriana Cardoso Biem - autora Psicóloga Clínica, especialista em Gestalt-Terapia CRP 06/80681 Formada pela Universidade São Marcos, especialista pelo Instituto Sedes Sapientiae Atende em Alphaville (Barueri/SP) e Granja Viana (Cotia/SP) Contatos: adrianabiem@gmail.com www.facebook.com/adrianabiempsicologa @adrianabiempsi (Instagram) www.adrianabiempsicologa.com.br

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