O ultramaratonista brasileiro Alexandre Sartorato, natural de Cubatão (SP), está protagonizando uma das façanhas mais impressionantes da resistência humana: a sua segunda volta ao mundo correndo a pé.
Aos 43 anos, ele já cruzou 22 países desde o início da jornada em 31 de março deste ano, saindo das Pirâmides de Gizé, no Egito.
Em 2007, ele se tornou o primeiro homem a dar a volta ao mundo correndo. No entanto, Sartorato decidiu repetir o feito — não por vaidade, mas para provar que o corpo humano é capaz de resistir ao extremo, e para chamar atenção a causas sociais como combate à fome e desigualdade.
“É mais uma marca histórica na resistência humana. Foram 22 países desde que saí do Egito. Ninguém fez isso em tão pouco tempo. É realmente algo sem precedentes”, afirmou o atleta.
Ele já percorreu países como Grécia, Itália, França, Inglaterra e Suíça. No Brasil, passou por cidades da Baixada Santista e agora avança pelo sul rumo ao Uruguai, Argentina e Chile.
A rotina é brutal: todos os dias, Alexandre percorre distâncias superiores a uma maratona (42 km), enfrentando terrenos irregulares, calor escaldante, frio extremo e até granizo.
Só nesta segunda volta ao mundo, ele já usou 12 pares de tênis, tomou mais de 600 litros de água e lidou com bolhas dolorosas nos pés — muitas vezes correndo sozinho por trilhas, sem apoio direto da equipe.
“Na Europa, não é permitido correr em autoestradas. Preciso usar trilhas e estradas secundárias. Corro, ando e rastejo se for preciso. O importante é não parar”, contou.
Com feridas, microlesões e até sangramentos, Sartorato desenvolveu técnicas mentais para seguir em frente. Em um momento extremo, apertou pedras com as mãos para “enganar” o cérebro e redirecionar a dor nas pernas.
“A dor é constante, mas o foco é maior. Não uso fones de ouvido. Preciso estar atento a tudo. A minha meta é uma só: terminar vivo essa jornada”, disse.
Mais do que um desafio físico, a segunda volta ao mundo tem também um propósito social. Sartorato usa a visibilidade da missão para apoiar instituições que combatem a fome, miséria e exclusão social.
Ele mesmo vem de uma infância pobre, em Cubatão — cidade que, nos anos 1980, foi considerada uma das mais poluídas do mundo pela ONU.
“Minha mãe é minha maior inspiração. Vi ela deixar de comer muitas vezes para alimentar eu e meu irmão. É por ela e por milhões de pessoas invisíveis que eu corro.”
A preparação envolveu cinco anos de treinos específicos e testes extremos: corridas em desertos egípcios, montanhas da Cordilheira dos Andes e regiões congelantes como Urupema (SC).
Em 2022, correu 850 km em uma esteira durante uma semana para arrecadar fundos para a ONG Aldeias Infantis SOS.
Apesar de todos os obstáculos, a força de Sartorato vem da mente. Treinando duas vezes por dia, durante madrugadas e manhãs, ele acredita que tudo é possível para quem tem fé, planejamento e disciplina.
“Se Deus colocou esse sonho no meu coração, é porque eu sou capaz de realizá-lo. Treinei duro. Quando não corria, simulava desafios de 12 a 18 horas por dia. Estou aqui para inspirar as pessoas a não desistirem do que parece impossível.”
Imagem de Capa: Alexandre Sartorato
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