Esses dias eu ouvi um casal brigando na rua, lembro que ela chorava enquanto tentava dizer: ”você só faz merda comigo”, aparentemente eles estavam acabando. Não sei exatamente o que ele fez, não sei o que aconteceu, só me recordo de ter ouvido ele dizer pra ela: ”por favor, não desiste da gente, para de ligar pro que suas amigas falam, segue seu coração”.

E essa frase: ”SEGUE SEU CORAÇÃO” me incomodou um pouco, sabe? Eu sempre achei que seguir o coração fosse o melhor caminho, e de fato, às vezes é. Só que todas às vezes em que a minha intuição dizia que iria dar em merda e a minha racionalidade me pedia pra cair fora, e mesmo assim eu insistia em seguir o que o meu coração dizia, eu só me fodia. Até aprender que a gente precisa entender também até onde vale a pena seguir o coração.

Às vezes tudo que a gente precisa é parar pra enxergar o que exatamente merecemos. E ninguém merece ser escanteado e ainda assim, seguir o coração porque ele te diz que vai ficar tudo bem.

Ninguém merece ser iludido, traído, machucado e ainda assim continuar ao lado de alguém só porque o teu coração te diz que vai ser melhor pra você.

Ninguém merece ser tratado como estepe, ou tapa buraco perfeito por alguém que só tá a fim de preencher uns espaços e alimentar um pouco o ego, e mesmo assim, acreditar que está sendo tratado como merece porque o coração te fez acreditar que isso é tudo que você tem naquele momento, e então, você aceita.

Se tem algo que eu posso dizer é: siga o seu coração mas só até o momento em que perceber que o outro está disposto a cuidar dele com você. Siga o seu coração só quando ficar claro pra você de que o outro não quer te machucar. Siga o seu coração se houver respeito, fidelidade, confiança, e todas essas coisas que sustentam o amor. Porque você sabe, amar sem reciprocidade não é amar.

Caso contrário, siga o seu racional, siga a sua intuição, siga a razão. Siga pra bem longe de qualquer pessoa que te mantenha longe de você mesma(o).








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .