Apesar de os ataques de pânico serem incontroláveis, é importante saber reconhecê-los para tentar nos acalmarmos, dizendo a nós mesmos que se trata de algo pontual.

Atualmente eles são mais comuns do que parece e afetam à todos os tipos de pessoas: caminhando pela rua, andando de ônibus, no trabalho ou simplesmente sentado; até que de repente você começa a sentir uma série de sensações horripilantes se desencadeando: taquicardia, mãos e pés formigando, os cabelos do corpo e da nuca se eriçam, tremores, o pulso acelera, não se pode nem controlar o equilíbrio nem a visão, que fica cada vez mais borrada.

As mãos transpiram e a pessoa se sente num estado de alerta insuportável, como se acabasse de ver uma explosão ou algo terrível, sente-se com dificuldade para respirar, dores abdominais, sensação de asfixia e de estar fora de si mesmo, medo de morrer subitamente.

Entretanto, por fora nada anormal está acontecendo. Não há explosões nem nada extremo que nos obrigue a estar num estado de alerta: Tudo parece tranquilo. O que acontece? Ao que se deve essa sensação de medo que parece nos invadir de repente, sem nenhum aviso e de maneira tão violenta, nos fazendo sentir terrivelmente mal? Sim, se trata de um ataque de pânico.

Os ataques de pânico são períodos onde um individuo sente bruscamente uma sensação de medo, pânico e ansiedade que não pode controlar. Os sintomas são os que descrevemos anteriormente:

  • Tonturas
  •  Dores no peito
  • dor no abdômen
  • dificuldade para respirar
  • asfixia
  • suor excessivo
  • taquicardia
  • entre outros

resilienciamag.com - Ataques de pânico: o que são e como enfrentá-los?

Muitas vezes, sentir que esses sintomas não podem ser controlados antes de um ataque de pânico faz com que os que sofrem dele acentuem o medo durante esses quadros, já que sentem que não podem controlá-los. Ás vezes, a pessoa pode sonhar que tem um ataque de pânico e são pesadelos muito reais e realmente perturbadores.

Os ataques de pânico são realmente mais comuns do que pensamos: se perguntamos aos nossos familiares, com certeza alguém já sofreu de um ao menos uma vez. Esses fatos podem se apresentar em um momento pontual da vida de um individuo, ou se repetem várias vezes durante um período da sua vida.

 

Causas

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Muitas vezes, os ataques de pânico se relacionam com situações sentimentais que podem atingir a uma pessoa e que tem à ver com questões que não podem ser controladas.

Uma separação, perder o trabalho, o medo do fracasso, enfrentar uma perda, o medo se tornar independente quando a pessoa ainda é jovem, podem desencadear esses quadros.

Outras vezes, experiências traumática vividas na infância também podem contribuir para esses ataques.

Alguns medicamentos podem produzir quadros de ataques de pânico, como também as fobias, como o medo de altura, d’água e lugares fechados.

Outras causas são certas doenças relacionadas com transtornos biológicos, como o hipotireoidismo ou desordens obsessivas compulsivas.

Os sintomas de abstinência e a superexposição à certas substancias, como a nicotina, maconha ou a cafeína também podem desencadeá-los, entre outros fatores.

O bom é que esses ataques podem ser controlados e claro, superados também.

Você sabe como?

  1. Em primeiro lugar, é altamente recomendável que busque ajuda psicológica. Em muitos países não é comum fazer esse tipo de terapia, mesmo que já foi comprovado que ajudam muitíssimo na hora de tratar dos ataques de ansiedade, já que permite aos pacientes a aprender sobre seus próprios medos e saber identificá-los.
  2. No momento em que uma pessoa tem um ataque de pânico, é importante saber reconhecê-lo e repetir a si mesmo que é somente um momento que já vai passar. Isso é para tentar se acalmar e saber que o medo se deve à um quadro pontual, que certamente não o causará a morte nem nada grave.
  3. É bom tentar se distrair com coisas externas, como manter a visão fixa em algum objeto longe ou ler um cartaz: ajuda a recuperar o equilíbrio.
  4. Aprender a controlar a respiração: respiração pausada e seguindo um ritmo que o coloque em um estado de relaxamento suave.
  5. Não consumir substancias que excitem o sistema nervoso, como a cafeína e a nicotina.
  6. Aprender sobre os ataques de pânico para identificá-los e perder o medo deles.
  7. Fazer terapias de exposição: de forma pausada e supervisionada por um profissional, essa terapia consiste em se expor a aquelas coisas que nos dão fobia para pouco a pouco perder o medo delas.
  8. Check-ups gerais: provas medicas para averiguar se os ataques de pânico se devem à uma questão orgânica, como uma doença ou uma desordem hormonal.
  9. Consulte um psiquiatra: ele poderá receitar calmantes que ajudarão a controlar a ansiedade.
  10. Não sinta-se um louco ou desequilibrado nem permita sentimentos constantes de depressão ou se sinta menor por ter esses quadros de ansiedade.
  11. Mantenha uma vida ativa,faça exercícios e tenha rotinas regulares de descanso.
  12. Aprendatécnicas de relaxamento que poderão servir como ferramentas para controlar o medo antes de um ataque de pânico.