Eu já amei tanto que pensei que ia morrer de amor, já chorei andando na rua, já pensei que nunca mais iria encontrar alguém, já errei feio em alguns relacionamentos, já levei cada lambada de relacionamentos que eu pensei que eram para sempre, eu já acreditei no ‘pra sempre’. Já andei um mundo, atravessei oceanos, falei com pessoas que acho que nunca mais vão se lembrar de mim. Aprendi, desaprendi. Bati o pé na certeza de que tinha razão e depois entendi que razão é coisa pra quem não quer ser feliz.

Já chorei mares assistindo algum filme, sonhei que seria famosa, fiz até ensaio sendo entrevistada por alguém famoso, brinquei de amarelinha, cai do pé de manga, levei fora do meu primeiro amor porque ele queria minha melhor amiga, pensei que não fui feita para o amor, já fui romântica e pensei que amor era pra sempre, já pensei que eu era infeliz e depois descobri que eu não fazia ideia do que era infelicidade.

Já dormi em sala de aula e já puxei saco da professora só para receber boas notas. Já peguei carona, já dei carona, tive medo de milhões de coisas que não aconteceram, já me encorajei em momentos que pensei que não daria conta.

Já fiz simpatia, brinquei de ‘maria gordinha mandou buscar’, já acendi vela para trazer o amor de volta e depois fiz oferenda pra levar embora, já me dei conta de quem eu sou, depois me perdi totalmente e vi que estou sempre sendo alguém diferente, cada dia desperto de um jeito.

Já viajei longe para encontrar um amor e me decepcionei, alias em matéria de amores e relacionamentos falidos eu fiz doutorado, já dancei no palco, cantei no karaokê, já imaginei que eu era a menina principal do filme e que no final eu me daria bem, já pensei que era melhor sumir e depois voltei atrás, já vi o por do sol na Islândia e no sitio do meu pai, e os dois parecem ser o mesmo na beleza e grandiosidade, já fiz um trouxinha pra fugir de casa e o mais longe que consegui ir foi pra casa da minha avó.

Já fui demitida e chorei muito por isso, mesmo que eu já estivesse com a intenção de pedir demissão, já fui vendedora de roupas, estagiária de banco, secretária, recepcionista, atendente, camareira, viajante, supervisora e agora, nada mais me encanta que escrever e acredito que essa seja minha missão.

Já sonhei em ser atriz, dançarina e em alguns momentos já até pensei em largar tudo e virar hippie vendendo a minha arte na praia.

Já esperei por alguém que não veio, já deixei alguém esperando, já fiquei um tempo olhando o tempo, pensando em algo que não sabia, já fiquei com medo da minha professora me fazer passar vergonha, já passei muita vergonha na escola, já tive muito medo de ser eu mesma, já tive a sensação de que nunca mais iria ser feliz.

Nossas histórias são uma só, somos personagens vivendo o mesmo roteiro em momentos diferentes. As histórias que passam por mim, já passaram por outras pessoas. Algumas com ênfase nos sonhos, outras nos relacionamentos, outras focadas na profissão. Mas as emoções, os sentimentos, os desafios, são sempre os mesmos.

O que muda não é o roteiro, mas o tempo de cada um.

Enquanto eu vivia um final de relacionamento, alguém estava sendo demitido, enquanto eu vivia um luto, alguém dava as boas-vindas e depois os cenários se invertem e está tudo bem.

O que é importante lembrar e guardar, é que a vida é essa linha do tempo acontecendo em momentos diferentes.

Ninguém esta imune a dor do amor, então porque iniciamos um relacionamento não querendo sofrer?

As vezes nem vivemos um grande amor porque caímos na armadilha da ansiedade que antecipa o sofrimento do fim.

Tudo é surpresa e encanto, encante-se pela vida. Há tanta história esperando para acontecer e ser lembrada.

A vida, assim como cada um de nós, é uma caixinha de surpresas, é mágica e nos faz sonhar alto.

Planeje, mas se permita a flexibilidade. Viver é saber contornar o que vem pela frente… Estou no caminho, aprendendo…

E você?

Como se permite viver as histórias que estão passando por ai?

É tempo de sonhar e acreditar.

Viva! As histórias que passam por nós, são sempre aquelas que deveriam acontecer, relaxa, Deus tem um plano perfeito para você!








Carol Daimond, mineira de Divinópolis, bacharel em Direito e apaixonada pelas palavras entrelaçadas, mãe, mulher e terapeuta thetahealer, uma mistura de mulher que a cada dia se reinventa em busca da sua melhor entrega em partilha para o mundo. Sua jornada como escritora começou de brincadeira e tem se tornado cada dia mais a sua marca pessoal de verdade e essência.