Quando ouço alguém dizer: ”quem ama não desiste nunca!” me bate uma vontade de gritar: desiste sim! E sei disso porque precisei abrir mão de alguém antes que eu abrisse mão de mim mesmo.

A gente precisa entender que o amor não precisa doer, e que não devemos permanecer em qualquer lugar, situação, pessoa ou relação que tente nos roubar de nós mesmos. Posso dizer com toda certeza do mundo que quem ama desiste sim! E confesso, não é fácil desistir de alguém que você ama pra caralho. Não é fácil abrir mão de uma relação da qual você criou um laço durante tanto tempo. É foda deixar ir ou ter que pular fora de alguém primeiro, porque você não consegue mais sorrir e se sentir bem ao lado daquela pessoa.

Mas é aí que está o verdadeiro significado do amor.

Amar é também aceitar quando as coisas não fizerem mais sentido, é aprender a se equilibrar sozinho depois que o outro largar a outra ponta. É compreender que algumas coisas precisam acabar, principalmente quando não existir vontade dos dois lados. Amar é aceitar que os finais existem, e que por vezes, precisaremos deles pra realinhar nossos passos, pra reaprender a seguir sozinho, e enxergar novos caminhos em vez de insistimos nas mesmas estradas que nos leva sempre às mesmas decepções.

Amar é o ato de se enxergar, é entender o tamanho que você possui, é admirar a pessoa que você é, porque só você sabe o peso que carrega de si mesmo. É entender que você não merece, nem precisa estar com alguém que não soma, ou insistir em algo que não te transborda.

Amor é escolher, em qualquer hipótese, a sua saúde emocional. É não esquecer de si por ninguém nesse mundo, porque se você esquece de si mesmo, você não consegue compreender o verdadeiro significado do amor, que é, te fazer inteiramente bem.

Amar é saber que você é do cara#3#, que você é imensamente foda, que você é um mulherão da porra, e que não deve em hipótese alguma, insistir ou implorar por algo que não te cabe. Por fim, amar é ser capaz de desistir de alguém pra não ter que desistir de si mesmo.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .