“Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas para um dia darem certo.” (Caio Fernando Abreu)

Existem pessoas que nasceram uma para a outra. Existem pessoas que se destinam e que se afinam, complementam-se e se completam, entregam-se e se transbordam. O amor sempre vem, às vezes na hora errada, mas então não morre, apenas se guarda e espera o momento certo de se instalar para sempre em vidas que não mais se separam.

Nós nos enganamos com muitas coisas, até quanto ao que é ou não amor de verdade e, por essa razão, acabamos, muitas vezes, expulsando de nossas vidas o que jamais deveríamos. Por egoísmo, por não abrir concessões, por medo, sabe-se lá, por ainda nos prendermos a uma visão idealizada de um relacionamento a dois.

Não existe felicidade intermitente, ninguém é feliz vinte e quatro horas por dia. Da mesma forma, não existe relacionamento tranquilo o tempo todo, todo dia, o dia todo. Precisamos nos ajustar ao outro, que vem de outras histórias, aparando as arestas e solidificando o que agrega e soma. Sem que haja discordâncias, ninguém consegue se acertar com o outro.

Fato é que, enquanto não estivermos abertos para o preenchimento amoroso, não conseguiremos ser inteiros e nos doar na medida exata das necessidades que o amor requer.

Enquanto carregarmos inseguranças, medos e incertezas, não haverá terreno sólido que sustente a inteireza de que se constitui o sentimento amoroso.