Mesmo que às vezes seja difícil acordar e se gostar ao ver a sua imagem refletindo no espelho. Mesmo que você não compreenda como sempre acaba sozinha, dando muito de si pros outros e muitas vezes, recebendo tão pouco.

Mesmo que você não consiga entender como as pessoas podem mentir pra você olhando em seus olhos, quando você só consegue dizer aquilo que o teu peito te conta. Sem fingir. Sem machucar.

Mesmo que você se sinta um pouco mais fria. Ou perceba que a cada pessoa que passa pela sua vida, que toca o teu corpo e depois vai embora como se nunca tivesse te conhecido, você continua tendo coragem de mostrar que dentro de você, há excesso de amor.

Eu sei que parece que o seu karma é se foder e que você já não aguenta mais se embrulhar de si pra dar a alguém que no final das contas, não vai ter nada pra te oferecer, ou vai sumir da sua vida.

Por que quase sempre é assim, não é?

Ainda que você reconheça que amar você é a primeira coisa a se fazer, mas às vezes não consiga colocar em prática, porque eu sei, é difícil. A gente é humano e humanos se perdem de vez em quando.

Mesmo que você olhe pro lado de fora e se pergunte: por que as pessoas que eu me envolvo são tão rasas? Eu espero que você olhe mais pro lado de dentro e perceba, que a saída das pessoas da sua vida não diminui o tamanho de quem você é. Que você reconheça que ficar ao seu lado é um privilegio que só você tem. Então admire mais isso. Se acolha mais. Se aceite mais.

Porque se mesmo com todos os calos que os seus pés possuem, e todas as marcas que o teu peito carrega, você ainda consegue ter tempo pra redescobrir a sua capacidade de sentir. Se mesmo quebrando a cara você ainda consegue ter forças pra recomeçar e transbordar amor outra vezes, eu preciso te dizer que isso já é muito.

E você é fo#a pra ca#alho.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .