A pandemia me ensinou a ser mais seletivo! Hoje sei muito bem quem eu quero perto! Hoje sei quem são os meus amigos de verdade!

Tentei encontrar algo de positivo neste cenário pandêmico, e percebi uma coisa muito interessante, que durante todos esse tempo onde fomos obrigados a suspender o nosso ritmo de vidas, foi possível notar a revelação da natureza de cada um de nós.

Pude observar como cada um a minha volta se comportou nesse momento tão difícil.

A verdade é que, antes da pandemia, vivíamos encenando uma grande peça no teatro social. Tínhamos muitos afazeres, nos sentíamos úteis e buscávamos nos outros a mesma função utilitária.

Éramos como uma grande engrenagem que funcionava de forma mecânica. Com poucas matizes emocionais, e pouca entrega sentimental, éramos e tratávamos tudo como moeda de troca, e víamos essas trocas como pagamentos legítimos.

A pandemia nos provou que estamos numa grande corrente humana, e que precisamos uns dos outros.

Eu cuido de mim quando estou cuidando de você!

Desde o uso contínuo das máscaras como barreiras físicas para evitar o contágio pelo vírus, até as máscaras sociais foram arrancadas, revelando quem de fato são as pessoas que compõem o seu comboio social, e que, verdadeiramente, se importam com você.

Quem soube utilizar a criatividade a serviço da inteligência, e somou na sua vida, e quem se tornou um peso ou não fez a mínima falta.

Ficou nítido o valor de alguns, e a presença desnecessária de outros.

Passamos a valorizar a “união com o afastamento”, e sentimos a necessidade de oferecer “presença de qualidade” mesmo com a ausência física.

É notório, nesse momento dizer a famosa frase: “Quem ama cuida”:

Mas… De quem você cuidou? Quem cuidou de você?

Existem diversas formas de demonstrar nossos sentimentos e de cuidar de alguém que é importante para nós. Podemos fazer isso através de e-mail carinhoso, depositando um bilhete na caixa de correios, escrevendo uma mensagem no app, ligando um dia ou outro, ou todo dia, fazendo uma chamada de vídeo para ver e ser visto… É simples se fazer presente na vida do outro, mesmo sem estar presente fisicamente.

Durante a pandemia nos deparamos com quem realmente se importa e quer estar na nossa vida de verdade. Podemos perceber a verdadeira natureza dos nossos relacionamentos.

Qual é a sua verdadeira natureza? Altruísta ou egoísta?

O que esse tempo de “inação” pela pandemia revelou sobre você e sobre quem lhe rodeia?

Pensar, ainda é o mais longe que podemos ir, sem oferecer riscos para nós e para os outros. Pense sobre isso, e busque os benefícios desse tempo em que a única viagem que podemos fazer é para dentro de nós.

Descubra quem você é e com quem você vem convivendo.

Já ouviu aquela frase? “Quem quer faz, quem não quer arruma uma desculpa.”. Pois então, acorde para a verdade dos seus relacionamentos, essa é a beleza da revelação que a pandemia nos trouxe.

Faça o melhor por você e pela sua evolução, esse é o melhor momento da “lagarta virar borboleta”, podemos usar do espaço oculto, que a pandemia nos proporcionou, para entrar em contato com nosso “Lado B”, a nossa melhor versão. Mas alguns escolhem fazer desse lado B, a sua pior versão. Não seja um deles.

Desenvolva uma maior sensibilidade para enxergar o que antes não havia tempo para ser percebido por estarmos sempre muito distraídos de nós e das verdadeiras intenções por trás das máscaras sociais.

A pandemia nos fez este pequeno favor, manifestou o que já era latente, mas pouco percebido.

Hoje sabemos mais de nós e enxergamos mais a verdade do outro.

Os filtros distorcidos da realidade se ajustaram e o que apareceu foi a verdade nua e crua.

Quem é você?

Quem são seus amigos?

Se você sabe responder minimamente a essas duas perguntas, você soube aproveitar o “tempo/ espaço” dessa pandemia e enxergou um sentido maior nisso tudo, mesmo tendo que viver na letargia dos dias.

A pandemia me ensinou a ser mais seletivo! Hoje sei quem eu quero perto, quem realmente se importa, e quem se fez presente, mesmo à distância!

*Foto de Hudson Hintze no Unsplash. *texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079. E-mail: [email protected]

*Foto de Silas Tolles no Unsplash

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.