A pandemia acabará, mas ainda teremos um caminho de readequação pela frente. Será apenas uma questão de fé, tempo e resiliência. Será o surgimento de uma nova visão do mundo

Vivemos num período surreal em nossas vidas.

No início da pandemia ninguém imaginou que pudesse se prolongar tanto. Para falar a verdade muitos pensaram que não iria chegar até o Brasil e que não se alastraria tão rápido no mundo inteiro.

Brasileiro é como São Tomé, só acredita vendo.

Muitos acharam isso ou aquilo, mas certeza mesmo, ninguém tinha e continua não tendo.

A vida mudou de alguma forma para todos.

Cheguei a pensar no início da quarentena que logo tudo iria voltar como era antes.

Agora, no decorrer da mesma, tenho percebido que o curso das coisas se alterou de tal forma, que já acho que quando terminar isso tudo, nada ficará como antes.

Ainda teremos um caminho de readequação pela frente.

Várias questões terão que ser repensadas e revistas. Como por exemplo, o trabalho home office que surpreendeu alguns setores e instituições por funcionar tão bem.

A produtividade parece ter aumentado e melhorado em alguns casos.

Foi difícil achar o fio da meada de cara e logo as pessoas se programavam para trabalharem de forma satisfatória em casa, encontrando o melhor horário, o melhor lugar, fazendo as adaptações necessárias em seus notebooks e computadores, haja vista que o serviço não podia parar e muito menos ficar esperando.

Vira e mexe tem alguém se queixando de nunca ter trabalhado tanto e com gosto.

A parte ruim é que nem todos têm o necessário para executarem o trabalho, como o token e até mesmo notebook e computadores para todos os integrantes da família dentro da mesma casa.

Imaginem um único computador ter que ser dividido pela mãe e pelo pai para fazerem o serviço e pelos filhos para os estudos.

Nem todo mundo tem condições de ter o seu computador com exclusividade. E tem gente que nem sequer tem condições de adquirir um ou ter um com a qualidade desejada e ideal.

As relações interpessoais entre os membros da família estão à flor da pele para melhor ou para pior.

Muitos estão em situação de “calamidade pública”, desorientados sem saber o que fazer e sem ter a quem recorrer.

Muitos se redescobriram e se reinventaram e estão melhor.

A fauna, a flora e a camada de Ozônio têm se recuperado.

Com isso o meio ambiente tem vivido momento único de esperança com a diminuição da poluição.

Temos aprofundado nosso relacionamento com nossos entes queridos, por termos tido mais tempo para dar carinho, mais atenção e até mesmo para dialogar mais.

O confronto dos diferentes pontos de vistas tem se mostrado em alguns casos benéfico por deixar a zona de conforto da mornidão do tanto faz e tanto fez de lado.

Atitudes tem se mostrado em alta, mesmo com todo o isolamento, deixando assim o comodismo para trás.

Em pouco tempo, tivemos que nos virar, tendo que dar um jeito de aprender e reaprender a lidar com as inovações trazidas e sozinhos, nos arriscando a mexer aqui e ali até dar certo e percebemos que fomos capazes de perseverar.

O que nos comprova que, quando somos colocados à prova, somos capazes de ser resilientes.

Aquela velha expressão “carro apertado é que canta”. E isso nos levará à verdadeira evolução.

Não terá nada a ver com a evolução tecnológica, mas esta não deixará de fazer parte dos novos tempos que estão por vir.

Estamos vivendo numa grande batalha mundial contra um inimigo invisível, e a única arma para combatê-la será a vacina.

Não sabemos quando terminará, mas temos esperança o suficiente de que seremos os vencedores e que sairemos fortalecidos.

Será apenas uma questão de fé, tempo e resiliência.

*DA REDAÇÃO RH.

VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?

SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.








Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.