A verdade abre caminhos, enquanto a mentira custa energia e retrabalho. Quem vive mentindo, vive cansado.

Dizia Mahatma Gandhi: “Posso ser um homem desprezível, mas quando a verdade falar em mim sou invencível.”

Gandhi era hindu e levava bastante a sério a ética da verdade. Por meio da sua autobiografia, ele deixou claro que a verdade, para ele, era uma prática divina. Além disso: a verdade é a forma de manifestação de Deus. Os hindus reverenciam satya, a palavra em sânscrito para verdade.

Satya é o segundo preceito ético do yoga, depois de ahimsa, ou não-violência. Os dois preceitos são o ponto de partida para qualquer prática espiritual que tenha como objetivo a paz interior.

Essa afirmação parte do pressuposto de que a consciência tem em si as ferramentas sociais e espirituais mais básicas. Ou seja, algum grau de empatia e de noção de alteridade.

Agir sem verdade é agir contra si mesmo.

A verdade é imbuída de energia própria de sustentação; a mentira não.

A mentira ou a falsidade criam teias de instabilidade. Por isso, necessitam de constantes inputs de energia para serem sustentadas.

A mentira custa energia e retrabalho. Quem vive mentindo, vive cansado.

Vou dar um exemplo: pessoas que criam para si personagens que não necessariamente representam quem são de fato. Essas pessoas precisam constantemente representar esse papel, contar vantagens, flexibilizar a verdade.

Tomemos o personagem do rico. Essa pessoa precisa publicar fotos de carros, viagens, etc, para que a imagem da riqueza cole na memória das pessoas.

A verdade não é forjada, ela é o que é, ela passeia pela vida, ela se basta. Assim como as pessoas que estão mais conectadas com quem são de fato se bastam.

Não há a necessidade de aprovação, de receber crédito de outrem, já que simplesmente são. São essas as caracteristicas das pessoas mais verdadeiras e que têm menos necessidades de mentir. Também são essas as pessoas que estão mais perto de experimentarem a paz interior.

Como disse acima, a energia de sustentação existe em si, sem necessidade de novas buscas. É a famosa consciência limpa. E esse é o estado inicial para voos mais altos no caminho da integridade, do domínico mental e emocional.

Não se consegue tranquilidade interna tendo a consciência pesada.

Voltando à frase de Gandhi: a verdade é poderosa. Aquele que a busca, está construindo estrutura firme de caráter. Está adquirindo para si autoridade moral e com isso está abrindo caminhos para si.

Mentir cansa demais, escolha viver a verdade, a verdade de si que vem do seu íntimo, que se acessa com o autoconhecimento, ela está lá, esperando para ser descoberta.

*DA REDAÇÃO RH. Foto: Divulgação

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Professor de Yoga, RYT 200 em Yoga Alliance, foi professor na Universidade de Brasília, idealizador do Movimento Ahimsa e dedica-se a estudar o ser humano. Investiga com profundidade filosofias orientais e ocidentais, religião, meditação, psicanálise, história, antropologia e outras disciplinas. Titulou-se mestre em sociologia pela Universidade de Chicago onde estudou o desenvolvimento de religiões ditas "heterodoxas" no Brasil, é pesquisador do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito - CPAH e membro da sociedade de alto QI Mensa.