Recentemente, pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) criaram um método inovador capaz de identificar contaminação por metanol em bebidas destiladas, mesmo quando a garrafa ainda está lacrada.
Dessa maneira, revolucionando a maneira de se verificar a pureza de produtos como cachaça, whisky e vodka, tornando o processo mais seguro, rápido e acessível.
O equipamento desenvolvido utiliza luz infravermelha para agitar as moléculas da bebida e, com o auxílio de um software. Assim, em poucos minutos, consegue detectar qualquer substância estranha à composição original — como metanol, água adicionada de forma fraudulenta ou outras adulterações.
De acordo com os pesquisadores, os testes realizados com cachaças apresentaram precisão de até 97%, e o método pode ser facilmente adaptado para outros destilados. Além de dispensar produtos químicos, a tecnologia é sustentável, econômica e de fácil operação.
Dessa forma, torna-se ideal tanto para uso em laboratórios quanto por órgãos fiscalizadores.
Os resultados do estudo foram publicados em dois artigos científicos na revista “Food Chemistry”, em 2025, e já despertam interesse internacional por sua eficiência e baixo custo.
Proteção ao consumidor e combate à fraude
O metanol é uma substância altamente tóxica e, quando ingerido, pode causar cegueira, intoxicação grave ou até a morte. Casos de contaminação costumam ocorrer em bebidas falsificadas ou adulteradas, especialmente em períodos festivos.
Com a nova tecnologia, autoridades poderão identificar irregularidades em segundos, sem precisar abrir a garrafa — algo que pode agilizar fiscalizações e salvar vidas.
Além disso, o grupo da UEPB trabalha em uma versão portátil do projeto: um canudo inteligente que muda de cor ao entrar em contato com o metanol. A ideia é oferecer uma ferramenta prática e acessível ao consumidor, reforçando a segurança na hora do consumo.
Com essa inovação, o Brasil se posiciona na vanguarda da pesquisa em segurança alimentar e tecnológica, mostrando que a ciência nacional pode transformar o cotidiano — inclusive na hora de brindar.
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