Se você deseja ter uma boa saúde física e mental, é importante ter uma boa rotina de sono. Muita gente possui o costume de dormir pouco e leva essa rotina no “piloto automático”.
Contudo, segundo cientistas, dormir menos de seis horas por noite pode trazer consequências sérias para o corpo e a mente.
Dormir mal de vez em quando não costuma causar grandes danos. O problema está quando a falta de sono vira um padrão. Nesse caso, os efeitos se acumulam e começam a impactar funções essenciais do organismo, desde a imunidade até o equilíbrio hormonal.
Por isso, neste artigo, revelamos o que a ciência já descobriu sobre os riscos de dormir menos de seis horas por noite.
1. Queda na imunidade
Durante o sono, o corpo produz substâncias de defesa, como as citocinas, que ajudam a combater vírus e bactérias. Portanto, se você dorme pouco, a produção dessas substâncias cai, o que aumenta a vulnerabilidade a doenças e atrasa a recuperação em caso de infecção.
De acordo com estudos, a privação de sono reduz a eficácia das vacinas, especialmente em homens. Isso significa que dormir pouco pode enfraquecer até mesmo a resposta do corpo a imunizações.
2. Ansiedade e efeito cíclico
A falta de sono e a ansiedade caminham lado a lado em um ciclo difícil de quebrar. Dormir mal pode gerar ansiedade, e a ansiedade, por sua vez, prejudica o sono.
Quando o corpo entra em estado de alerta constante, o cérebro permanece em “modo de sobrevivência”. Dessa maneira, dificultando o relaxamento necessário para adormecer.
Isso resulta em mais estresse, irritabilidade e dificuldade de lidar com situações emocionais do dia a dia.
3. Alterações menstruais
Nas mulheres, o impacto pode ser ainda mais intenso. Pesquisas apontam que dormir pouco eleva o hormônio estimulante da tireoide (TSH), o que pode causar irregularidades menstruais, ausência de ovulação e até risco aumentado de abortos espontâneos.
Essas alterações reforçam como o sono está diretamente ligado ao equilíbrio hormonal e à saúde reprodutiva feminina.
4. Ganho de peso e metabolismo lento
Quem dorme menos de seis horas por noite também tende a sofrer alterações no metabolismo. O corpo passa a liberar mais grelina (hormônio da fome) e menos leptina (hormônio da saciedade), o que favorece o aumento do apetite e, consequentemente, o ganho de peso.
Além disso, a fadiga causada pela falta de sono reduz a disposição para praticar atividades físicas, criando um círculo vicioso de sedentarismo e excesso de calorias.
5. Queda na produtividade e no bem-estar
A privação de sono afeta diretamente a concentração, a memória e a capacidade de tomar decisões. Isso se reflete em menor produtividade no trabalho, mais erros no dia a dia e até maior risco de acidentes.
Além disso, dormir pouco reduz a capacidade de sentir prazer em experiências positivas, prejudicando a qualidade de vida de forma geral.
Conclusão
Dormir menos de seis horas por noite pode parecer inofensivo em curto prazo, mas com o tempo se transforma em um grande inimigo da saúde. O sono é um processo biológico essencial para fortalecer a imunidade, regular emoções, equilibrar hormônios e manter o corpo ativo.
Então, se você anda dormindo pouco, talvez seja hora de repensar sua rotina e colocar o descanso como prioridade. Afinal, um corpo descansado é um corpo protegido e preparado para viver melhor.
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