Recentemente, nas redes sociais, a apresentadora Cariúcha criticou, com muito deboche, as mulheres que cuidam de bonecas reborn como se fossem filhos reais. Em seu perfil, Cariúcha compartilhou vídeos em que ironiza o comportamento e disparou: “Vão arrumar um macho!”.

A fala gerou polêmica, memes e discussões sérias sobre saúde mental, solidão feminina e o papel terapêutico das bonecas hiper-realistas.

O que Cariúcha disse?

Conhecida por seu estilo direto e provocativo, Cariúcha não poupou palavras ao criticar o que chamou de “maluquice” — mulheres adultas que tratam bonecas como se fossem crianças de verdade.

“Um bando de mulher velha brincando de bebê reborn, achando que aquilo é uma criança. Teve uma que até tentou levar no médico. Claro que não foi atendida, né? Isso é uma boneca!”, disse a apresentadora.

Ela ainda sugeriu que essas mulheres “precisam de tratamento psicológico” e finalizou com a frase que viralizou:

“Vão arrumar o que fazer. Uma pia de louça. Vão arrumar um macho.”

A declaração dividiu opiniões nas redes. Enquanto alguns seguidores concordaram com a crítica, outros classificaram o comentário como capacitista, insensível e ofensivo a quem lida com traumas ou dificuldades emocionais.

Afinal, o que são os bebês reborn?

Os bebês reborn são bonecas feitas à mão, extremamente realistas, que imitam bebês humanos com riqueza de detalhes. Feitos com silicone ou vinil macio, esses bonecos têm aparência, peso e até cheiro semelhantes aos de recém-nascidos. Eles são populares entre colecionadores, artistas e, em alguns casos, utilizados como recurso terapêutico.

Existe um problema psicológico por trás disso?

De acordo com especialistas, o apego aos bebês reborn pode estar associado a diferentes fatores — e nem todos envolvem doença mental.

  • Uso terapêutico: O cuidado com bonecas hiper-realistas pode ajudar pessoas que enfrentam luto, depressão, infertilidade ou solidão. O vínculo simbólico promove conforto, autorregulação emocional e bem-estar.
  • Expressão criativa e afetiva: Algumas mulheres tratam os bebês reborn como parte de um hobby, com direito a roupas, ensaios fotográficos e grupos nas redes sociais. Nesse contexto, o envolvimento não indica necessariamente um distúrbio, mas sim uma forma de afeto e expressão.
  • Casos extremos: No entanto, o comportamento pode se tornar preocupante em situações de dependência emocional excessiva ou quando há desconexão com a realidade — como em quadros psicóticos.

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