Quem me dera se houvesse um jeito de transformar o fracasso em pipoca. Assim, o colocaríamos em um balde grande e assistiríamos filmes e séries comendo fracasso. Seria uma maravilha! Como essa opção não está disponível ainda, precisamos saber lidar com ele.

Lembro da semana em que experimentei um fracasso como escritora de sites: tinha enviado material para um site, mas deram resposta negativa. Chorei muito, durante um dia inteiro. Antes de escrever pro que me recusou, eu tinha enviado material pro Resiliência Humana, que é um site bem maior.

Como a resposta não chegava. Pensava, com a autoestima lá em baixo: se o outro me recusou, esse nem vai responder mesmo!”.

Não parei de escrever por isso, mas me senti a menor das escritoras. Tinha preparado um e-mail mais atrativo. E foi assim, me recuperando de um fracasso, com um site bem menor, que o Resiliência Humana me aprovou como colunista há um ano. É uma honra pra mim, escrever por aqui.

Separei as 4 atitudes que mais me foram úteis para lidar com o fracasso:

1. Lembrar de quem somos
O fracasso nos torna desacreditados de nós mesmos. Afinal, planejamos, nos preparamos e deu errado. Por isso eu disse que vale chorar. Vale sim, mas nunca se esqueça de quem você é.

2. Analisar a situação friamente e ver o que podemos aprender com ela
Essa é a parte árdua do aprendizado. Toda a situação, por mais pesada que seja, nos ensina se assim, permitirmos. O que você pode aprender com o seu fracasso atual? Tenho certeza que há algo a aprender e assim, evoluir.

3. Seguir em frente

Quem nunca pensou em desistir após um fracasso, que nos ensine! Eu mesma pensei. Mas então a gente precisa se lembrar de quem somos e seguir. Já tendo aprendido algo com o fracasso anterior.

4. Tentar de novo, de forma diferente
Esse é o último que separei e não foi à toa. Depois de saber muito bem quem somos, de ter aprendido algo, é momento de ir de novo. Tentar mais vezes é fundamental para que a cada perda, a gente cresça mais.

O fracasso faz isso: nos faz achar que somos menos, nos deixa com o ânimo comprometido. A autoestima vai à lona. Ficamos tão desacreditados após um fracasso que a vontade de desistir pode surgir. Mas é aí que ele, por mais dolorido que seja, nos ensina. Basta estarmos abertos a isso.

Provamos fracassos em todas as áreas das nossas vidas.

No trabalho, pode ser com um (a) superior que quer nos impor um jeito de trabalhar, sem respeitar nosso perfil comportamental. Na vida pessoal, pode ser algo em que apostamos alto e não deu certo. Na vida amorosa, pode ser um casamento que terminou.

Experimentei fracassos até em ações sociais. Acreditem! Plantar o bem é algo natural pra mim. E até nesse meio, onde se presume que “só pessoas do bem” caminham por ele, há pessoas que espalham a decepção e me fizeram fracassar também.

Não sei qual fracasso você enfrenta agora. Mas sei que ele não vai te vencer, se você não quiser que seja assim. Experimentei, em diversas áreas da minha vida, o gosto amargo do fracasso. Mas usei esse gosto, pra crescer pessoalmente e conseguir o que eu queria.








É graduanda em Psicologia, tem 32 anos. Como o que faz o mundo dela girar, são as pessoas, trabalha com Recursos Humanos. É mineira, bem casada com um Gaúcho lindo. Mora em Porto Alegre desde 2012. Está sempre lendo e ama escrever. Se sente rica, por ter vários livros em uma estante que é o seu tesouro. Ama se engajar em causas sociais, crê que a única coisa que levamos desse mundo, é o que plantamos. E que as boas obras, são fundamentais.