“As artimanhas que usamos para escapar da aflição nos desviam de nossos objetivos de vida. E é por eles que vale a pena viver”.
Steven Hayes.

Quando nos recordamos de alguns episódios da infância, adolescência ou até mesmo da vida adulta, é comum apontarmos algumas situações que nos sentimos envergonhados. Seja quando a professora lá no primário, pediu para ler em voz alta, ou quando foi preciso apresentar junto ao grupo o seminário para a sala toda, ou diante de um tombo na rua, ou de algo que fizemos e julgamos como errado.

Alguns significados para vergonha são humilhação, desonra, falta de valor pessoal. O sentimento de vergonha, não é algo inato, ou seja, algo que nascemos sentindo, mas sim um sentimento que foi construído socialmente através da linguagem.

Algumas pessoas recordam de algumas situações específicas que se sentiram envergonhadas, já outras “carregam” várias experiências que marcaram de forma significativa suas vidas, e que contribuíram para que elas deixassem de se engajar em muitas experiências que tinham seus valores.

Nesta perspectiva, podemos pensar, que aqueles que viveram muitas histórias nas quais foram alvos de preconceitos, chacotas, erros seguidos de punições , tendem a evitarem por exemplo, situações que envolvam exposições , ou até mesmo relacionamentos interpessoais em contextos diversos, ( expondo-se mais em ambientes que estão familiarizados e sentem-se seguros) na tentativa de eliminarem o sentimento de vergonha, e os seus respectivos comportamentos (públicos), como gaguejar, tremer, entre outros.

Ao longo de experiências consideradas como malsucedidas, o sujeito pode desenvolver pensamentos sobre si próprio que remetem a incapacidade, inadequação e também apresentar atitudes como não expor suas opiniões, vontades, faltar em entrevistas de emprego, manifestar dificuldades para relacionar-se afetivamente, entre outros.

Um dos aspectos relevantes para a mudança de tal situação, é o sujeito encontrar um espaço onde seja acolhido e ensinado que todos cometemos erros e estamos sujeitos a apresentarmos falhas e que isso não significa o fim da estrada, e que ninguém é constituído apenas de erros. Aprender a valorizar suas qualidades, habilidades, interesses também contribuem para o aprendizado de novos olhares para si mesmo.








Sou Aline de Paula , Psicóloga (CRP:06/103601) graduada pela Universidade Bandeirante de São Paulo(2010), Especialista em Terapia Comportamental pela Universidade de São Paulo. Trabalho há 8 anos na área clínica, realizando atendimento para crianças, adolescentes , adultos; Terapia de Casal , Orientação Profissional, em Santana - Zona Norte SP.