Eu aprendi a levar um dia de cada vez.

A não me apressar em sofrer e preocupar com o que ainda não é um problema. Aprendi a usar meu otimismo, a ponto de irritar as pessoas a minha volta com tantos “relaxa, vai da certo”.

Aprendi também que chorar de rir é bem melhor e que essas lágrimas contagiam mais do que as outras.

Aprendi que reclamar não faz bem nenhum e que ser direto é a melhor forma de resolver as coisas.

O que os outros pensam não importa também, foi o que aprendi, desde que tudo esteja em ordem com a consciência.

Outra coisa que descobri sem querer é que levantar de um tombo faz a caminhada ser ainda melhor.

Sacudir a poeira e deixar as coisas irem se traduzindo por si só, sem procurar detalhes em coisas desnecessárias e as vezes até irreais.

Aprendi a parar de tentar entender as pessoas, os porquês, as reações, os gestos, as intenções; nem tudo é tao pensado, arquitetado, premeditado, as vezes são impulsos, um momento, sem um significado oculto ou um motivo por trás.

Aprendi também que as pessoas são burras, eu sou, você é. Fingimos não amar quem amamos e adorar quem detestamos. Bloqueamos sentimentos bons e cultivamos sentimentos negativos.

Aprendi a não fazer isso. Aprendi a dar atenção, mesmo que não receba de volta, a demonstrar quando sinto e pensar que esse pode ser o último dia, o último “bom dia”.

Aprendi que das lutas que cada um vive eu não sei da metade.

Que nem sempre a imagem reflete o interno, porque eu mesma já chorei por dentro com um sorriso no rosto. Pois bem, aprendi!

Digamos que colocar em prática seja um pouco mais complicado do que escrever.

Mas por enquanto tem dado certo.

E talvez por ter aprendido de forma doída é que me sinto tão bem.

Aprender e continuar aprendendo por que isso não é nem metade. Mas saber que a vida ensina é o primeiro passo para não passar os dias vivendo por viver sem tirar lição alguma das experiências. (Instagram: @carolfaria29)