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10 crenças prejudiciais que perpetuam a viol&ncia contra mulheres e meninas

10 crenças prejudiciais que perpetuam a viol&ncia contra mulheres e meninas

Uma em cada três mulheres sofrerá viol&ncia física ou se&ual durante a sua vida. Embora não exista uma causa única para tal viol&ncia, alguns dos fatores mais fortes e consistentes são crenças sociais prejudiciais que contribuem para a desigualdade de gênero.

São crenças e expectativas sobre como as mulherer devem se comportar. Incluem os direitos masculinos, a dominação e o controle sobre os corpos, e os rígidos papéis de gênero, conforme sublinhado num estudo da Oxfam realizado em 12 países de África, da América Latina, das Caraíbas e do Pacífico.

Foram apontadas 10 crenças que contribuem para esse cenário, saiba quais são:

1. As mulheres devem ser submissas aos membros masculinos da família em todos os aspectos da sua vida

Os rígidos papéis de gênero ao longo dos anos, e que ainda encontram força em algumas culturas, muitas vezes, geram a expectativa de que as mulheres sejam submissas aos membros masculinos da família. Quando casadas, espera-se que as mulheres obedeçam aos seus maridos, ajam de acordo com os seus desejos e não se esforcem por tomar decisões iguais. Se transgredirem estas normas, poderão enfrentar viol&ncia física usada pelos maridos como punição ou disciplina.

Nas Ilhas Salomão, 49% dos entrevistados concordaram que uma boa esposa deve obedecer ao marido, mesmo que ele esteja errado.

2. Espera-se que os homens exerçam controle coercitivo

Embora se espere que as mulheres sejam submissas, espera-se que os homens exerçam poder e controle nas suas famílias e relacionamentos, o que pode manifestar-se de várias maneiras. Nas relações de namoro, a dominação masculina pode aparecer na forma de monitoramento de celulares e redes sociais.

A investigação feita na região da América Latina e das Caraíbas (ALC) descobriu que os homens jovens têm um controle significativo sobre a utilização das redes sociais e dos telefones das suas parceiras – 80% dos jovens disseram que os seus amigos homens monitoram o telefone das suas parceiras.

Para muitas mulheres e meninas, o lar é um lugar perigoso.

A forma mais comum é a viol&ncia entre parceiros íntimos: globalmente, estima-se que 30% das mulheres sofrem esta forma de abuso.

Na América Latina e nas Caraíbas, a violência contra mulheres e meninas é um problema significativo e persistente. Por exemplo, 1.831 mulheres foram assassinadas por homens em 2016 e 14 dos 25 países com as taxas mais elevadas de feminicídio estão localizados na América Latina e nas Caraíbas. Foto: Oxfam

3. Os homens têm o direito de disciplinar as mulheres por comportamento “incorreto”

A investigação revelou que existe uma forte crença, tanto entre mulheres como entre homens, de que a viol&ncia é aceitável, e mesmo necessária, quando usada pelos homens para disciplinar as mulheres por não cumprirem as suas responsabilidades percebidas ou quando o seu comportamento transgride as normas sociais.

Nas Ilhas Salomão, 65% das mulheres entrevistadas e 35% dos homens entrevistados concordam com a afirmação “é aceitável que um homem bata e machuque a sua esposa se ela não fizer o trabalho doméstico como ele gosta”.

4. As mulheres não podem negar relações íntimascom o marido

Nas relações íntimas, as escolhas das mulheres sobre os seus corpos são dominadas e controladas pelos seus parceiros masculinos e pela crença de que os corpos das mulheres devem estar sempre disponíveis para os homens. Estas normas contribuem para a violação e outras formas de abuso, que são a forma mais comum de viol&ncia contra mulheres.

Na Tunísia, os jovens afirmam que as mulheres devem estar sempre prontas para satisfazer os impulsos se#uais dos homens. Nas Ilhas Salomão, 52% dos homens acreditam que uma mulher é obrigada a fazer se#o com o marido, mesmo que não tenha vontade.

5. O assédio se#ual é normal

Os padrões dominantes em torno do direito se#ual masculino sobre os corpos das mulheres contribuem para o assédio se#ual e outras formas de viol&ncia se#ual. Na Colômbia, uma jovem afirmou:

“Acredito que tudo surge do fato de os homens nos veem como objetos e como as pessoas precisam satisfazer as suas necessidades se#uais”.

Isto é fortemente demonstrado pela pesquisa regional da ALC, que concluiu que 75% dos jovens afirmam que os seus amigos homens acreditam que o assédio é normal.

Todos os anos, 15 milhões de raparigas casam-se antes dos 18 anos. A maioria destas meninas é privada dos seus direitos humanos fundamentais à saúde, educação, segurança e integridade corporal.

6. As mulheres sofrem viol&ncia porque estão vestidas de forma “provocativa”

Entre os países envolvidos no estudo, é comum ver comunidades culpando as ações das mulheres para justificar o direito se#ual masculino e a viol&ncia. O estigma é frequentemente colocado sobre aquelas que sofreram viol&ncia – culpando a sobrevivente pelo abuso.

Na investigação regional da ALC, 7 em cada 10 jovens do se#o masculino com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos culparam as mulheres pela viol&ncia que sofreram porque estavam vestidas de forma “provocativa” ou na rua tarde da noite.

7. Todas as mulheres deveriam ser mães

A viol&ncia contra mulheres está enraizada no desequilíbrio de poder patriarcal entre homens e mulheres e na crença dominante de que os homens protegem, sustentam e têm autoridade sobre a sua família e que as boas mulheres dão prioridade à saúde e ao bem-estar da sua família.

Depois do casamento, o papel mais importante das mulheres é servir os seus maridos e ter e criar os seus filhos.

O estudo da ALC descobriu que 79% das mulheres jovens acreditam que “todas as mulheres deveriam ser mães”.

Estas crenças são tão fortes que uma jovem em Cuba afirmou: “Acho que toda mulher é mãe, mesmo que não tenha filhos”.

8. As meninas são valorizadas como esposas e não como indivíduos

Para as meninas, a expectativa social de demonstrar submissão pode levar ao casamento precoce, que também é usado para controlar a sua sexualidade. Os corpos das meninas são, muitas vezes, vistos como ativos que podem ser depreciados ou valorizados, dependendo das percepções da comunidade e das noções sobre a “honra” que contribui para o casamento precoce.

Na Nigéria, isto foi resumido como: “Você vale mais como esposa do que como filha”.

Mais de 700 milhões de meninas em todo o mundo foram forçadas a casar antes dos 18 anos. Estas meninas têm menos probabilidades de frequentar a escola, tendem a sofrer de problemas de saúde se#ual e reprodutiva e são mais propensas a sofrer abusos perpetrados pelos seus maridos.

Loretta Taika, artista de rua das Ilhas Salomão disse: “Precisamos quebrar o ciclo de viol&ncia. Para expor os monstros da casa. Devemos educar uma nova geração sobre o fim da viol&ncia contra as mulheres.”

9. A heterossexualidade é a única orientação se#ual aceitável

A discriminação e a marginalização tornam algumas mulheres mais propensas a sofrer viol&ncia, incluindo mulheres com deficiência, mulheres divorciadas e viúvas, profissionais do se#o e mulheres lésbicas e trans.

A pesquisa regional da ALC descobriu que 73% das mulheres jovens (20-25) e 67% dos homens jovens (20-25) acreditam que os seus amigos acreditam que as lésbicas não devem mostrar a sua orientação se#ual em público.

10. Mulheres divorciadas têm menos valor

As mulheres divorciadas e as viúvas enfrentam formas específicas de violência devido a crenças discriminatórias em torno dos papéis e valores das mulheres.

Na Papua Nova Guiné, a investigação destacou a marginalização das mulheres divorciadas e das viúvas, que são vistas como tendo menos valor – uma vez que já não têm o valor monetário do preço da noiva.

Além disso, são considerados propriedade da família que pagou por eles em primeiro lugar. Portanto, não são respeitados nas suas famílias e muitas vezes não são protegidas contra a viol&ncia.

A investigação regional da ALC concluiu que 59% dos jovens (20-25) consideram que uma das principais razões pelas quais as mulheres sofrem viol&ncia é a sua falta de autonomia financeira.

Qual é a sua opinião sobre isso?

*DA REDAÇÃO RH. Foto de Khashayar Kouchpeydeh na Unsplash. Com informações Oxfam

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