Ter um bom emprego, uma boa profissão e ser feliz é um simples objetivo na vida de muitos e um grande motivo de desilusões para outros. Ao esbarrar na escolha de uma profissão, os jovens encontram um oceano de dúvidas, visualizando inúmeras opções, sem ter ideia que na verdade existe apenas uma profissão que nos resta.

Dentro da ficção, vemos histórias de robôs substituindo os homens, vemos androides que se esforçam para sentir emoções e até mesmo tornarem-se humanos. Essa visão causa espanto para muitos e medo para outros. Isso acontece porque realmente, desde o início da era industrial, os homens estão sendo substituídos por máquinas.

A substituição humana é uma realidade e não espere que isso mude. Os homens continuarão sendo substituídos por máquinas até que se esgotem os trabalhos mecânicos e repetitivos do planeta. Pensamos então que o futuro é obscuro e que o desemprego será o grande caos da humanidade. No entanto, devemos lembrar que desde o início da era industrial esse medo era vigente e que esse caos nunca aconteceu. O que ocorreu é que sempre novos empregos foram ‘criados’.

Sabemos que os computadores estão cada vez mais rápidos, que conseguem reproduzir todas as regras lógicas que ensinamos, que conseguem também, através de inúmeras condições já estabelecidas, escolher rapidamente o melhor caminho para resolver determinado problema, mas sabemos também que isso tudo está muito longe do que chamamos do verdadeiro pensar.

Toda a evolução das máquinas nos demonstra uma realidade que desmente parte da ficção. A máquina não tem emoções. Nossa constelação neuronal, nossa história, nossa memória e as nossas emoções nos dão uma capacidade que nunca, nenhuma máquina poderá ter: A capacidade divina do ‘Criar’. Criamos quando estamos ouvindo profundamente o nosso eu interior. Criamos também quando estamos sem nenhuma preocupação aparente e como num estalo, vislumbramos o nascer de uma ideia. O criar é muito poderoso, mas nem todos fazem exercício desta faculdade nata do homem.

Há tempos tenho observado a banalização de algumas profissões. Com a simplificação do uso do computador, muitos “turistas de profissão” apareceram intitulando-se designers, editores, publicitários, fotógrafos, etc. Muitos desses entram para o mercado sem nunca terem lido sequer um documento sobre a profissão que assumiram. Esses turistas, auxiliados por suas máquinas copiadoras, fazem o “mesmo” trabalho de um profissional que estudou durante anos, porém, para ganharem mercado, chegam a cobrar preços ínfimos, prostituindo o mercado profissional. A ameaça causada por esses turistas não afeta a todos, pois alguns profissionais sempre apresentam um trabalho diferenciado e valorizado. Essa diferenciação é um toque pessoal, que somente pode ser alcançado através da CRIAÇÃO. Isso torna o profissional e cada novo trabalho, algo único.

Sempre penso sobre os métodos atualmente utilizados pelos educadores. Estarão eles condizentes com a real necessidade do mundo? Formar técnicos é importante, mas antes disso, os técnicos devem ser criadores. Devemos lembrar que a tecnicidade é mecânica, e tudo o que é mecânico é substituível. Se as máquinas absorverão os trabalhos repetitivos, devemos crer que a principal função dos educadores na formação atual de um indivíduo é incentivá-lo à pesquisa e à CRIAÇÃO, pois CRIAR é sem dúvida, a única profissão que nos resta.








Mahadeva é coach espiritual, instrutor de meditação, sound healer, hipnoterapeuta, mentor, empresário e fundador de várias empresas e instituições de sucesso. Ama artes e se expressa através da música e da fotografia. É o idealizador e fundador do Kiom, um grupo que pratica meditação com mantras e sons sagrados, visando paz, harmonia e ampliação da consciência. É também o criador do método Free Mind On The Clouds, que apoia as pessoas a melhorarem seu desempenho por meio de técnicas que auxiliam a promover uma mente livre, focada e criativa. Atua hoje como diretor do Despertar, um centro de apoio ao desenvolvimento humano em Ribeirão Preto.