Há coisas que dependem de nós. Outras dependem de outras pessoas, do acaso, de Deus, do momento oportuno, de estar no lugar certo, na hora exata, com as ferramentas necessárias.

Se entendêssemos que nem todo sucesso ou fracasso é nosso mérito ou nossa culpa, seríamos menos onipotentes na hora de celebrarmos o sucesso, e menos severos na hora de contabilizarmos o fracasso.

Por mais que se tenha vontade de vencer, de acertar, de decolar, circunstancialmente outros fatores podem pesar mais do que a nossa vontade.

O lugar onde vivemos pode ser um catalizador ou uma barreira para os nossos objetivos. A família em que nascemos pode nos ajudar, ou não, em nossos propósitos. Os relacionamentos sentimentais que estabelecemos nos levam para cima ou para baixo. Os amigos servem para o estímulo, ou para o desvio de rota. A escola em que estudamos nos coloca em condições de concorrer, ou nos deixa alinhados com os medíocres. O trabalho que executamos nos serve de ganha pão ou de banquete.

Parece impossível, não é verdade? Mas não é. É apenas difícil.

Esses fatores não são deterministas: sobre todas as dificuldades podemos triunfar. Não seremos os primeiros: há inúmeros casos de pessoas que venceram essas e outras barreiras, e figuram entre as bem sucedidas.

Qual a diferença entre essas e aquelas apenas comuns? Por que alguns chegam lá, e outros estão sempre a caminho, sem nunca chegarem? Porque há uma diferença entre “ter uma vontade” e “ter a certeza.”

Quando temos a certeza, Deus, a sorte, ou o destino ( Deus não se importa com o nome que você lhe dá), entram nessa jornada conosco, em direção ao sucesso.

A nossa certeza deve estar constituída sobre três pilares:

A) Um forte desejo. Deseje algo com tamanha intensidade que seja isso que ocupe o seu pensamento do amanhecer ao anoitecer. E se não for pedir muito, ao dormir, sonhe com ele.

B) Creia que esse desejo é parte do plano de Deus para a sua vida, e assim o fazendo, lembre-se que é ele “quem realiza em você o querer e o efetuar.”

C) Receba o seu bom desejo como parte da sua realidade, antes mesmo da posse.

Essas medidas aparentemente complexas são simples de entender: as coisas existem dentro de nós, antes que se materializem ao mundo. Assim como um bebê é gestado dentro do ventre de uma mulher antes que nasça, e em nenhum momento, a mulher duvida que está aprontando o seu filho para traze-lo ao mundo, assim deve ser a nossa fé.

Posso garantir que funciona. Deus já trouxe à existência inúmeros sonhos que concebi, acreditei, e trabalhei, fazendo a minha parte, de forma subjetiva, e de forma objetiva. Se funciona para mim, funciona para você e para qualquer pessoa que se disponha a não queimar etapas no processo.

Se você tem a sorte de ter à mão todos os elementos que abrem o seu caminho, não precisará atraí-los; mas se você não tem, trabalhe duro com as coisas possíveis, acredite firmemente nas impossíveis, e elas te seguirão.

E quando elas te seguirem, não se esqueça de agradecer. Reconheça que, sozinho,você não conseguiria. Vença o teste da soberba. Há um recurso infinito na gratidão que não se esquece de agradecer.
Afinal, a barriga não dói uma vez só. E os sonhos se renovam enquanto vivemos.








Escritora compulsiva, descobri a minha vocação escrevendo cartas. Imaginei-me poeta e enviei para Adélia Prado alguns dos meus melhores poemas, pelo correio, juntamente com uma carta. Ela teve a gentileza de me retornar dizendo: “você escreve cartas admiráveis.” Entendi. Esqueci a poesia e passei a escrever cartas. Cada texto que escrevo é uma carta e o leitor é o destinatário dessa carta. Tem dado certo. Escrevo e assino. Com carinho, com afeto, e com as minhas experiências de vida.