Quando estamos sofrendo por AMOR, geralmente, apresentamos um misto de sentimentos negativos, principalmente, os de injustiça, mágoa, raiva e ódio, pois percebemos que nosso sentimento não é igual ao do nosso parceiro (a).

Será que a forma como eu me sinto em algum momento é igual ao de qualquer outra pessoa?

A resposta é NÃO, pois cada um sente a sua maneira de acordo com sua história pessoal, suas vivências.

Entretanto, quando estamos sofrendo por amor apresentamos um sentimento um tanto egoísta de querer que o nosso parceiro (a) sofra tanto quanto nós.

Se pararmos para analisar a nossa vida, as relações que formamos, percebemos que não conseguimos controlar sobre o que o outro sente nem suas atitudes e reações.

Não é indicado tentar controlar o outro, pois isso só nos leva ao fracasso e a frustração. Da mesma forma que é impossível que o outro controle o que nós sentimos. O que é nosso é só nosso, é singular.

Muitas vezes falamos que temos esse comportamento de querer controlar o outro porque amamos demais, mas se pensarmos, o que é o AMOR? AMAR é desejar que o outro esteja bem, são atitudes de carinho e compreensão.

O AMOR liberta, não é possessivo e muito menos controlador. Não é justo cobrarmos do nosso parceiro que ele sinta da mesma forma que nós ou querer instaurar um sentimento que não existe no outro, pois quem mais sofre somos nós mesmos.

Quantos pensamentos acontecem em relação a esta dor: “ele não me ama tanto quanto eu”; “como ele pode está se divertindo enquanto estou aqui”, “não é justo eu estar vivendo esta relação”.

Acabamos não aceitando e respeitando que o outro sente diferente e, consequentemente, transferimos isso para nós mesmos acreditando que o problema está em nós e que não somos merecedoras de amor e não somos boas suficientes.

Vamos refletir: Quantas vezes alguém se apaixonou por você e você não correspondeu? Isso acontece com todo mundo e não nos desmerece em nada, não faz com que a gente seja melhor ou pior. Isso só quer dizer que o outro não tem um sentimento parecido com o nosso.

Então o que fazer? O primeiro passo é respeitar o sentimento do outro e depois aceitar que a gente não vai conseguir controlar o que o outro sente e, principalmente, devemos olhar para o nosso amor próprio, pois quando olhamos para nós mesmos com mais amor, carinho e cuidado aprendemos a lidar melhor com a avaliação do outro.

Então quando se perguntar: “o que fazer para o outro me amar? ” É melhor pensar assim: “o que fazer para me amar verdadeiramente? ”

Com carinho,

Laís Figueiredo de Freitas