Algumas pessoas precisam de muitas sessões de terapia para descobrir de onde vêm os seus problemas psicológicos.

Muitas vezes, as causas estão em preocupações da infância.

Hoje, mostraremos como a conduta e as frases de alguns pais podem ser determinantes no tipo de personalidade desenvolvida pelos filhos.

Um conceito muito importante é o de ’pais helicópteros’, que vivem sobre a cabeça dos filhos como helicópteros, sem perder de vista um detalhe sequer de sua vida social. Claro que isso é feito com a melhor das intenções, mas esse controle excessivo provoca muitos transtornos psicológicos e faze com que os filhos não tenham iniciativa na vida adulta. Por exemplo: se você não consegue tomar uma decisão importante sem ligar para os seus pais, provavelmente você foi ’vítima’ deste tipo de educação.

Se os pais sempre contam aos filhos como batalharam depois do nascimento deles e que provavelmente estaria melhores sem eles por perto, a criança entende que tudo sempre dá errado por culpa dela e, se não existisse, não existiriam problemas.

A consequência são traumas que levam a uma conduta autodestrutiva: álcool, tabaco, drogas e esportes de alto risco, muitas vezes, sem proteção adequada.

Pais que repetem o tempo todo frases como “Seja mais sério“, ”Não faça besteira“, “Não se comporte como criança”, ”Tá na hora de você crescer”, etc. fazem com que os filhos não consigam relaxar completamente. Além disso, quando crescem eles não entendem as crianças e não suportam atitudes infantis.

Pais que vivem comparando seus filhos aos filhos dos outros e gostariam que eles já ganhassem o Prêmio Nobel aos 10 anos, provavelmente os incentivam a ter uma personalidade muito autocrítica. Isso faz com que eles se transformem em pessoas com baixa autoestima ou muito exigentes. Sempre insatisfeitas consigo mesmas, lutam para se parecer com os outros e não conseguem aceitar quem realmente são.

Frases como “Não confie em ninguém“, ”Todos mentem“ e “Só eu sei o que é o melhor pra você” são entendidas como: ”Todas as pessoas são perigosas”. A criança começa a perceber o mundo como um ambiente hostil e começa a ver armadilhas em todas as partes. Ao crescer, a criança fica com problemas de autoconfiança e de relacionamento.

A explicação do tipo “Você ainda é muito jovem para isso” leva a um caminho de infantilidade. A criança continua sendo mimada mesmo na vida adulta. Quando crescer, provavelmente procurará uma pessoa que preencha as características dos pais.

Se os pais falam coisas como “Não pense que você é tão inteligente“, ”Pare de sonhar” ou “Por que você não é como os outros?”, o filho jamais terá opinião própria, interesse em aprender coisas novas ou qualidades para se transformar em um líder. O pior é que a criança não apenas terá problemas para mostrar seus talentos, como também para resolver seus problemas. Para aliviar essas frustrações, o caminho pode vir do álcool, de ’pensamentos estranhos’ e de diversões autodestrutivas.

Se os pais não mostram emoções, são reservados e até mesmo secos, os filhos também sofrem. Se esse comportamento vem acompanhado de frases como “Não chore“, ”Não doeu tanto assim” ou “Aguente como homem”, a criança passa a pensar que é errado mostrar o que ela sente. Como consequência, isso pode trazer problemas psicossomáticos porque os sentimentos negativos não desaparecem, apenas destroem o organismo por dentro.

“Não tivemos a oportunidade de estudar na universidade e fizemos tudo para que você pudesse. Entende o nosso sacrifício?“. A criança não tem culpa das coisas que aconteceram na vida dos pais, mas se sente culpada. ”E não se atreva a tirar menos de 6!”. Os pais apenas deixam os filhos estressados e com sentimento de culpa.

Por último, estão os pais super protetores, que não deixam os filhos fazerem as coisas mais comuns: “Não toque no gato“, ”Não carregue sozinho a mochila“, “Cuidado para não cair”. Como resultado, o filho deixa de tomar decisões sozinho, até mesmo em situações urgentes. A criança cresce e se transforma em uma pessoa passiva e irresponsável, e sofrerá para tomar decisões importantes.