Uma vez eu escrevi sobre um personagem que havia sido traído de várias maneiras e tido seu coração dilacerado pela dor se vendo diante da necessidade de perdoar.

_ Perdoar? Como posso perdoar? _ Era tudo que ele se perguntava diante do dilema que a vida lhe impunha. Ele não sabia como extinguir de dentro dele aquela mágoa que o dilacerava por vários anos, mas que ele também não abandonava.

Te confesso já ter guardado mágoas em meu coração que mais tiraram meu ar e meu sono do que me deram prazer e paz. Confesso ainda ter pensado que nunca em momento algum nesta vida eu esqueceria o mal a mim feito.

Sei que você aí, com certeza, se pergunta: “Perdoar? Como posso perdoar?” Então, me responda: o quanto de bem tem sentido em não perdoar outra pessoa?

Bem nenhum, mais que o contrário, você se sente mal, se sente péssimo e por mais que odeie o outro, que não o perdoe, a vida dele segue enquanto a sua parou no exato momento em que foi ferido.

Existem vencedores e perdedores? Só perdedores quando não há perdão.

Mahatma Gandhi dizia que “o fraco jamais perdoa, o perdão é uma característica do forte.” Ele tem razão? Claro que tem! Somos tão pequenos e fracos que preferimos dar margem à mágoas e rancores ao invés de seguirmos com nossa vida e perdoar!

Não é fácil perdoar, eu sei! Quem disse que as melhores coisas na vida são fáceis? Não é não, porém, perdoar é praticamente uma necessidade do ser humano para que sua vida flua, sem pesos e restos pra onde ele quiser ir!

Sei que choras quando lembra. Mas não chore, não. Tudo na vida tem seu retorno e o mal que te fizeram, voltará a ele! No entanto, se você não perdoar, quem receberá as fibras negras da negatividade será você, não a outra pessoa!

jogue fora

Então perdoa! Deixa pra lá, esqueça. Pegue o que restou de sua vida e se refaça tornando-a mais bela e produtiva a cada dia. Tenho certeza que se sentirá mais leve, mais bonito e menos deprimido.

Carregar um sentimento ruim é fazer o mal em dobro a você mesmo.








Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.