Carência: o que significa?

Associamos este termo normalmente no assunto dos relacionamentos, quando nos referimos a alguém que exige atenção e agrado em demasia.

Mas pode ser aplicado de maneira ainda mais ampla.

Podemos ser carentes quanto a situações, coisas, lugares. Podemos criar a ilusão de que precisamos que tudo seja de determinada maneira para que assim nos sintamos bem.

Mas é uma armadilha. A única pessoa que nos pode fazer sentir bem somos nós mesmos – quer seja por escolha ou por acidente.

Por vezes tropeçamos na Felicidade e sentimos que tudo está bem, e às vezes até nos perguntamos: “Porque é que eu me sinto tão feliz?” E a resposta pode ser devido às circunstâncias, ou até por razão nenhuma.

A Felicidade nunca tem uma razão que não seja a nossa própria escolha de nos sentirmos bem. Podemos fazer essa escolha conscientemente ou não. Por isso é que parece que são as condições que nos levam à Felicidade: porque aprendemos que a razão tem sempre de ser externa.

O círculo vicioso do piloto-automático

Porque “funcionamos” de maneira parecida? Porque é que todos temos uma visão semelhante da realidade?

Porque aprendemos padrões de pensamento parecidos, de acordo com o meio em que vivemos. Queiramos ou não, a realidade molda-nos durante a infância, e na maior parte dos casos, aquilo que aprendemos em tenra idade é aquilo que adotamos para a vida.

Já falei aqui no blog de várias crenças limitantes que aprendemos desde a infância, que os nossos pais, tutores, parentes, professores, etc nos incutiram.

Mas a boa notícia é que não passam disso: crenças. E uma crença nada mais é do que um pensamento repetido. Somos seres de hábitos e basta começar e manter um hábito para que este se enraize no nosso subconsciente e se estabeleça na nossa vida de forma automática.

Ou seja, para reverter velhos hábitos, basta formar novos.

Ser Incondicional

Se as condições em que vivemos não nos agradam, a tentação é falar sobre isso, é tentar mudar, tentar controlar.

Não controlamos circunstâncias, pessoas, lugares. Nada externo é moldável pela nossa vontade, a partir de uma perspetiva de resistência.

Se acharmos que nada vai mudar, mas mesmo assim termos um intenso desejo de mudar as condições, estaremos apenas a lutar contra a corrente.

O Universo trata de tudo. Eu sei que pode parecer cliché, ou até mesmo impossível, para aqueles que não acreditam nem um bocadinho nas leis naturais.

Mas as coisas acabam sempre por fluir. Mesmo naqueles que estão carregados de resistência e crenças limitantes, a partir do momento em que deixam de lutar e passam a aceitar que não podem controlar tudo, as coisas mudam para melhor.

Existem exemplos disso todos os dias, a toda a hora – as evidências são incontestáveis. No fluir é que está a resposta.

Desapegarmo-nos das condições e da necessidade de controlá-las é ser incondicional. É deixarmos ir aquilo que nos bloqueava (o que requer uma grande dose de fé e calma) e conectarmo-nos com a nossa essência, com o caminho que sempre esteve lá, à espera que o permitíssemos.

Como atrair circunstâncias desejadas

Podemos ter, ser ou fazer tudo aquilo que quisermos. A nossa própria escolha desses desejos já concretiza 99% do caminho para a sua concretização. O Universo “guarda” o pedido energético que enviámos e imediatamente concretiza vários caminhos que tornam possível esse desejo, desde onde nos encontramos até à sua fruição.

O 1% que falta cabe apenas a nós. É o passo final do processo criativo: a permissão.

Para que os nossos desejos fluam para a nossa vida, temos que permitir que isto aconteça.

A mudança interna é a única necessária. Não podemos controlar circunstâncias, mas podemos controlar a nossa vibração. Temos que selecionar a energia que queremos emitir, e apenas temos duas opções: permissão ou resistência.

Por isso, faz o que amplifica a tua permissão. Podes saber se estás num bom caminho através de quão bem te sentes neste momento.

Então, o que decides?








Portuguesa, autora do blog Vibe High - reflexões e dicas sobre Lei da Atração e como criar a nossa própria realidade.