Percebo que o ser humano vive buscando sempre as grandes felicidades, as grandes conquistas e as grandes emoções quando na verdade a vida é o que acontece no meio de tudo isso, a vida é o que precisamos perceber na entressafra dos grandes acontecimentos.

O que deixa cada um feliz é muito particular, mas existem fatos que podem ser considerados quase que unânimes. Esses podem ser materiais como a compra de uma casa, a troca de um carro, um aumento salarial, ou também pode ser emocionais, como um casamento, o nascimento de um filho ou a cura de uma doença.

O fato é que esses grandes acontecimentos não são corriqueiros, ou seja, não acontecem todos os dias e por isso não devem ser o nosso termômetro da felicidade.

Façamos um exercício do que nos deixa feliz no dia a dia, nem que pareça algo bobo, pois são esses momentos que fazem tudo realmente valer a pena, que nos ajudam a viver no aqui e agora e não somente a espera do próximo grande evento.

Hoje eu me senti feliz por quê? O que fez meu dia valer a pena ou simplesmente arrancou um sorriso e me fez pensar por um momento que tudo podia ser mais simples e doce?

Um farol aberto quando estou atrasada me deixa alegre, abrir o cardápio de um restaurante e ler que tem algo que eu gosto muito também. Acordar e me dar conta que tive uma noite de sono perfeita, sem acordar nenhuma vez durante a madrugada, me deixa feliz. Ser convidada para uma festa, saber que hoje tem na TV aquele programa ou série que eu adoro, a estreia de um filme que eu espero há tempos no cinema. Todos esses são momentos felizes.

Bolo quentinho que saiu do forno com café coado e dormir com barulho de chuva são unanimidade, não? Adoro cheiro de lençol limpo, estrela cadente e festa junina. Quando eu ainda fumava e meu cigarro acabava, ficava feliz quando descobria algum em algum lugar escondidinho. Fico um tempão olhando para os meus cachorros adotados e sentindo que eles estão protegidos do frio, da fome e da maldade humana. Acho que essa é a grande felicidade em adotar. Talvez em uma grande prepotência, pensamos: O que seria deles sem nós?

É uma delícia viajar para outro país e ver que lá o nosso dinheiro vale mais (coisa rara hoje em dia). Estar na rua e lembrar que na volta para casa tem um doce gostoso me esperando na geladeira. Estar em casa e saber que não preciso sair e enfrentar a forte chuva que cai lá fora. Receber em casa a revista que assino, também é feliz.

Fazer fogueira, pão feito na hora, a música que a gente gosta tocando na rádio, a siesta, gargalhada de criança, pôr do sol, um telefonema que estamos aguardando, a boa notícia saindo da boca do médico.

E você? O que te faz feliz? O que te fez feliz hoje? O que você vai fazer para ser feliz amanhã?








Adriana Cardoso Biem - autora Psicóloga Clínica, especialista em Gestalt-Terapia CRP 06/80681 Formada pela Universidade São Marcos, especialista pelo Instituto Sedes Sapientiae Atende em Alphaville (Barueri/SP) e Granja Viana (Cotia/SP) Contatos: [email protected] www.facebook.com/adrianabiempsicologa @adrianabiempsi (Instagram) www.adrianabiempsicologa.com.br