Você deseja mudar algo em sua vida, tem insistido em fórmulas que já não funcionam mais como antes ou sequer chegaram a funcionar?

Segundo a célebre frase de Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Então caso a hipótese de patologia já tenha sido excluída, é hora de pensar em uma estratégia para alterar o quadro atual. E aí, a palavra “mudança” (que causa verdadeiro pânico em muitos) terá que ser cogitada.

Algumas realidades, alguns ambientes, não mudarão só porque você quer. Neste caso, lembre-se do peixe. Ele está na água, ela é essencial para sua sobrevivência, mas a água não está dentro dele. E o melhor, salvo nos casos dos “peixes domésticos”, ele pode nadar em busca de águas mais salutares, quando percebe estar num ambiente poluído.

Assim, se até os peixes conseguem perceber o nível de poluição que enseja mudança, quando lhe aconselharem a fazer o que o peixe faz, lembre-se (com a licença para o trocadilho) que o “nada” também pode significar movimento (e no neste caso, porque estamos em vantagem intelectual, sem “nadar para para trás”, por favor!)

É bem verdade que a inércia é convidativa. Sim, pois além dos desafios inerente às mudanças e do medo natural decorrente, também é possível ouvir a plateia, chamando de loucos todos aqueles que optam por mudanças ousadas. Isso ocorre porque parte dela não compreende o enredo do espetáculo, outra parte prefere que a situação persista na expectativia de ter um “divertido” grand finale sangrento na arena e finalmente, existem aqueles gostariam, mas não têm coragem de fazer, assim preferem que ninguém faça.

Tape seus ouvidos. Se precisar, responda com a Balada do Louco (1): “ Mas louco é quem me diz. E não é feliz, não é feliz” mas faça suas escolhas. Diga não à acomodação improdutiva.

O filósofo e professor Sérgio Cortella, em inspiradora palestra sobre o tema, fala que “mudar é complicado. Acomodar é perecer” (2). Assiste-lhe razão. Mudanças parecem verdadeiros terremotos pessoais. Tudo parece sair do lugar, entretanto, podem trazer novas oportunidades e num dado momento, você pode ser dar conta de que tudo se organizou novamente; que a bagunça foi superada e o melhor, talvez em sintonia com seus objetivos.

Mudanças trazem desconforto, geram medo e ansiedade diante do desconhecido. Mas como disse Eleanor Roosevelt “Você ganha força, coragem e confiança através de cada experiência em que você realmente para e encara o medo de frente.”

Portanto, se não estiver feliz com a sua realidade atual, faça algo para mudá-la. Talvez cometa erros, mas certamente colherá também acertos e se fortalecerá cada vez mais. Se não alcançar seu objetivo, ao menos estará caminhando rumo a ele. Melhor do que estar inerte.

Quando olhar para trás, talvez você veja algumas ruínas: Eram construções com bases frágeis ou que já estavam mesmo desgastadas pelo tempo. Verá também outras que continuaram firmes, algumas você construiu. Poderá orgulhar-se. Você se dará conta do quanto amadureceu e de que as mudanças dão medo, mas como movimento – que são – podem também ser encaradas como uma divertida “dança”, que às vezes requer passos mais ágeis, alguns saem errados, cansa um pouco, mas se souber levar é divertido.

Nas palavras do de outro filósofo: Charles F. Kettering, “O mundo detesta mudanças e, no entanto, é a única coisa que traz progresso”. O sucesso pode até flertar com os acomodados, mas é conquistado por aqueles que encaram as mudanças como oportunidades. Que criam e recriam suas próprias realidades. Se não estiver satisfeito hoje, transforme a sua!








Patricia Oliveira Lima Pessanha, nascida em Petrópolis/RJ, atualmente residente em Santos/SP. Cultua bons livros, boa música, cinema, humor inteligente e se diz uma eterna aprendiz. Tem dentre seus hobbies explorar seu lado criativo, em especial através da escrita, buscando convidar o leitor à reflexão e contribuir para um mundo melhor, ainda que de forma singela.