O conceito de livre arbítriio, um dos principais aspectos das leis divinas que regem a vida nesta dimensão, fala da responsabilidade que temos de efetuar escolhas conscientes em cada momento da nossa vida, pois somos responsáveis por tais escolhas.

Realizar escolhas conscientes, exige de nós,  a lembrança de que cada atitude nossa terá, obrigatoriamente, uma conseqüência.

Essa é a grande questão. Na maioria das vezes, nossas escolhas têm um fundo muito egoísta, vendo sempre o que é melhor pra nós, sem nos darmos conta de que as pessoas com as quais convivemos, também serão afetadas por nossas escolhas, de uma forma ou de outra. Tudo o que fazemos tem uma consequência, toda ação gera uma reação, ou das pessoas, ou do universo.

Muitas vezes, colocamos sobre o outro a responsabilidade de nossas escolhas ou do caminho que escolhemos. Desta forma, a única coisa que conseguiremos, é continuar perpetuando um estado de inconsciência em que muitos de nós,  ainda insistem em viver.

A realidade nem sempre corresponde aos nossos desejos e, aceitar isso, é um passo fundamental para o crescimento, para a maturidade e o alcance de um estado de equilíbrio interior.

É preciso enxergar a realidade e os fatos como realmente são, é preciso nos darmos conta de nossas limitações e dificuldades. É preciso pensar muito antes de tomar determinadas decisões e agir. Isto nos leva em direção a maturidade.

Uma das principais características da imaturidade é a dificuldade em assumir a responsabilidade pelos próprios atos. O imaturo, sempre oferece desculpas para seu comportamento, ao invés de assumir os erros e revelar-se como realmente é, sem disfarces. Essas pessoas não se dão conta de que têm o livre arbítrio na hora de decidir, que é delas a responsabilidade das escolhas que fazem e também de que outros serão afetados por essas decisões.

Crescer não é fácil. Precisamos estar atentos às conseqüências das nossas atitudes.  A vida nos apresenta o tempo todo, desafios e obstáculos a serem enfrentados. Lutamos contra nossas próprias limitações, nossa baixa auto-estima, nossa frágil autoconfiança e, a necessidade de corresponder não apenas às nossas próprias expectativas como aquelas que outras pessoas alimentam a nosso respeito.

Mas, não podemos esquecer nunca, de que temos o livre arbítrio para decidir o que e, de que maneira vamos agir. É fundamental nos darmos conta do nosso poder interior, de modificarmos tudo que se apresenta e ultrapassar qualquer obstáculo. Nem sempre podemos resolver tudo, sem que alguém saia machucado ou prejudicado, às vezes isso não será possível. Então pelo menos, que se consiga fazer de uma maneira, que as conseqüências negativas, se acontecerem, sirvam de aprendizagem para uma próxima situação conflitante.

Portanto, pensemos muito bem antes de qualquer decisão, antes de usarmos nosso livre arbítrio, para que qualquer ação que tenhamos, sirva para o crescimento e desenvolvimento de quase todos envolvidos na situação. Se isto não for possível, que pelo menos não prejudiquemos ninguém, esta é uma das grandes metas que a humanidade deveria ter.