Tem dia que é ruim. Ou é pior que isso. Tem dia que é escuro e cansativo. As dores encobrem a alegria e nada parece ser uma boa alternativa. Parece o fim da linha. Não dá nem pra costurar os pedaços.

Tem dia que as más notícias parecem irreversíveis e a expectativa de dias melhores corre pra longe da gente.

Ou parece interminável. Um fardo pesado demais para ombros tão atribulados. Sem medidas pra incerteza, muita insegurança e pouca clareza.

Tem dia que é cacto espinhento. Nuvem carregada, que assombra pelo som das trovoadas. Não seria melhor ter ficado na cama?

Mas é aí, nesses dias de desalento, que se ouve uma voz, que vem bem lá de dentro, dizendo que isso também é vida. E esse dia, cheio de lamentos, é só mais um dia. Suas horas incertas têm hora certa pra acabar. 24 horas.

Outro virá, demarcando o limite pra se esquecer desse mau bocado. E fará chegar uma oportunidade para se erguer a cabeça, desanuviar o semblante e enxergar que o novo amanhecer será também uma nova oportunidade.

Quando a poeira tiver abaixado é que se terá uma boa chance de perceber que nem tudo foi negativo. Dos tempos de calamidade, você tirará lições que te levarão a amadurecer ou se reinventar.

Ou talvez você deva jogar tudo na balança, e ver o que realmente foi ruim, o que te tornou mais forte e o que não deve ser feito novamente.

O “algum tempo depois” é feito pra se procurar alternativas, juntar os cacos, aprender a conviver com uma verdade que não poderá ser mudada; pra receber a bonança que vem depois da tempestade, pra ajeitar o coração ou assimilar o não que a vida acabou de lhe dar.

Os dias difíceis não podem ser motivos para desacreditar, pra se sentir fraco (muito menos pra ser), ou para tomar decisões precipitadas. Dias difíceis são feitos para atestar a força, gerar experiência de combate e trazer oportunidades de vitória.

Tenha coragem suficiente para entrar nesse embate, com força de vontade e disposição pra vencer. E aguarde. Mesmo que demore um pouquinho, as boas notícias virão bater à sua porta. Elas sempre vêm!








Administradora por profissão, decidiu administrar a própria casa e o cuidado com suas duas filhas, frutos de um casamento feliz. Observadora do comportamento alheio, usa a escrita como forma de expressar as interpretações que faz do mundo à sua volta. Mantém acessa a esperança nas pessoas e em dias melhores, sempre!