Ilustração: Lea Choichit

Faça um teste rápido: pense em três conhecidos seus “bem sucedidos”. Não precisam ser ricos nem famosos, mas exemplos positivos para você de pessoas que deram uma volta no destino. Agora procure lembrar qual o pulo do gato, quando e como foi a grande virada na carreira e na vida de cada uma delas.

Lembrou? Pois eu aposto com você que, em todos os casos, sem exceção, o primeiro ingrediente desse bolo foi a bem conhecida, embora subutilizada, coragem.

Parece óbvio que para tomar qualquer decisão de vulto, seja como pessoa física ou jurídica, precisamos da tal coragem. Mas você se lembra com clareza das últimas cinco decisões em que a pôs na frente de tudo, respirou fundo, e foi para cima?

Pois é. Fácil, não é.

A coragem está na base de tudo: precisamos dela para dizer sim ou não, para pedir uma oportunidade ou negar outra, para trocar seis por meia-dúzia, para subir ou descer na vida, para empreender ou para voltar a estudar.

Precisamos de coragem para comprar e para vender, para sair ou ficar, para casar ou separar, para ter filhos ou decidir não ter.

No âmbito profissional, aposentar a coragem é uma estratégia perigosa
Explico o porquê: trabalhar duro, ser comprometido, competente, pontual, analítico ou um ótimo colega no dia a dia são componentes altamente desejáveis, mas que não fazem de você um corajoso.

Colhem os frutos mais saborosos aqueles que ousam, chamam para si responsabilidades e se metem a entregar aquilo que ninguém entregou.

Eu poderia citar aqui não 10, mas uma centena de casos de colegas que tinham tudo para morrer empurrando a mesma pedra, mas, por terem sido corajosos foram muito mais longe do que os espertos, os queridos, os puxa-sacos e, pasme, até os inteligentes.

A coragem é o único atributo que separa a realidade da promessa. Não tem fórmula exata, cenários conhecidos nem business intelligence por trás.

A coragem é sempre solitária – do contrário, seria apenas valentia – e pode significar mais perdas do que ganhos.

Ter coragem é, acima de tudo, erguer-se com convicção para ir atrás do que você acredita, daquilo que te inspira e te dá esperança.

Vamos, coragem!

Eu aposto que você não vai se arrepender.








Jornalista, radialista e escritor. Pertenceu às redações do jornal Resenha Judaica, Rádio Jovem Pan AM, Jornal da Tarde (Grupo Estado) e Rádio BandNews FM. Publicou os livros Trânsito Assassino (Ed. Terceiro Nome), Haja Saco, o Livro (Ed. Multifoco) e editou a biografia do advogado Abrão Lowenthal (Ed. Quest). Tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV e cursa MBA de Marketing pela USP. Dirige a Tawil Comunicação.