Embora haja uma tradição de tentar qualificá-lo, medi-lo, explicá-lo, a verdade é que o amor não se reduz a uma fórmula. Mas isso não significa que a ciência não tente explicar alguns dos seus segredos. Confira

Amar é muita coisa, muita dela psicológica, e muita dela química. Pois é, com maior ou menor rigor científico, existem hoje variadíssimos estudos que comprovam que as reações corporais e mentais que alguém provoca em nós, pelas mais variadas razões, podem ajudar a que nos apaixonemos ou sintamos atraídos.

Não sentimos borboletas na barriga apenas porque aquela pessoa é fisicamente agradável ou tem uma personalidade interessante. A realidade vai muito além disso, sentimos porque aquela pessoa mexe connosco.

“Os homens procuram, as mulheres escolhem: A neurociência de conhecer, ter encontros, perder a cabeça e encontrara o amor verdadeiro” é o nome da mais recente obra de Dawn Maslar. Ela que garante ter descoberto cientificamente que o amor tem sempre estas quatro fases: Encontrar, conhecer, deixar de conseguir dormir para pensar naquela pessoa e passar da paixão ao amor.

Mas os estudos científicos são muitos e, clichês à parte, algumas conclusões já estão provadas. Aqui ficam então algumas dicas para encontrar essa agulha perdida no fundo do palheiro.

Dicas para encontrar a verdadeira cara-metade

PROCURE ALGUÉM PARECIDO CONSIGO
Esta não é a conclusão de apenas um mas de muitos e muitos estudos sobre o tema, nomeadamente o que foi realizado por um laboratório em Los Angels em 2007.

Se for parecido com alguém (personalidades, gostos e aspirações semelhantes) tem maior probabilidade de vir a ser compatível com essa pessoa. Um estudo focado em vários casais concluiu que as pessoas que têm preocupações e modos de vida parecidos vêm o mundo de forma semelhante e tendem a sentir-se mais compreendidos pelo outro.

Não, afinal não são os opostos que se atraem.

TENTE PARECER ENVERGONHADO
É verdade, esqueça a lógica do ar confiante. A ciência diz que um ar envergonhado atrai muito mais.

Em 2011 um estudo revelou que, genericamente, a felicidade é atraente nas mulheres mas não tanto nos homens.

Este trabalho passou pelo inquérito de mais de 1000 pessoas para perceber as suas opiniões relativamente a várias fotografias de membros do sexo oposto. As mulheres com um ar feliz foram preferidas às que tinham uma postura forte e que revelava orgulho e, contrariamente elas parecem ter preferido os homens que tinham um ar menos feliz.

No geral, todos acharam o ar de vergonha bastante atraente.

SEJA GESTUAL À VONTADE
No contacto com o outro seja expressivo, sem medos. Encha o espaço físico à sua volta. Quem o diz é um estudo com base em encontros tipo speed-dating feito este ano e anteriormente referido. Nos encontros homens e mulheres pareciam preferir as pessoas que tinham uma linguagem gestual mais expressiva.

Ficar quietinho é pouco interessante para a generalidade dos participantes, como prova também outro estudo baseado numa aplicação de encontros: as fotografias com presenças mais expressivas foram mais escolhidas.

NÃO TENHA MEDO DE TROCAR OLHARES
Daqueles verdadeiramente profundos, de preferência. Não importa se é alguém que conhece ou que nunca viu antes, estabelecer um contacto visual longo com alguém ajuda a promover sentimentos de paixão, amor, proximidade e afeição.

Foi o resultado de um estudo feito por um psicólogo da Universidade de Massachusetts, em que 72 pares de pessoas se olharam por 2 minutos e reportaram ligações muito positivas em relação ao outro.

SEJA AMIGO DO AMBIENTE
Já este ano foi feito um estudo que descobriu que os homens e as mulheres que procuram um estilo de vida amigo do ambiente são vistos como como mais desejáveis para relações duradouras. Por oposição, quem procura um estilo de vida mais consumista tende a ser visto como alguém ideal para relações mais fugazes.

Além disso, enquanto o amor vem e não vem, o ambiente agradece.

PODE FAZER-SE UM POUCO DE DIFÍCIL
Em 2014 foi feito um estudo com base em experiências de speed-dating provou que a maioria dos homens tende a preferir as mulheres que se faziam de difíceis e desinteressadas e menos recetivas às suas abordagem. De notar que, apesar de estes homens desejarem mais as mulheres difíceis, ficou igualmente provado que não eram aquelas de quem reportavam gostar mais

Pois, ninguém disse que isto era fácil!

ARRANJE UM CÃO
Uma experiência social levada a cabo em 2014 juntou várias biografias de homens e perguntou a 100 mulheres quais escolhiam. A tendência para preferir donos de caes foi clara. Conclusão: “ter um animal de estimação significa facilidade de compromisso a longo prazo e faz com que uma pessoa pareça mais relaxada, acessível e feliz”.

Importa ainda notar que alguns anos antes, em 2008, um homem resolveu fazer uma experiência que embora não seja de teor cientifico prova o mesmo: abordou centenas de mulheres para lhe darem o número. Foi muito mais bem sucedido quando o fez enquanto passeava um cão.