Deus nunca me deixou ao relento. Ele me ensinou que onde se planta a semente do bem, a vida floresce; onde se podam as mágoas o solo fica mais fértil.

Deus é bom porque me ensina a cada segundo onde devo pisar o que devo fazer e o que preciso para alimentar o coração.

Não preciso de aplauso, de tapete vermelho, de holofote. Não preciso pisar em ninguém para me sentir melhor ou superior.

Na verdade, eu só preciso de paz. E, geralmente, paz não tem preço, paz dignifica a vida por mais que tudo esteja meio torto, desarrumado e confuso. Se o coração é bom e sabe que daqui nada levará, o desapego é mais tranquilo.
Deus é meu companheiro, minha voz interna e meu condutor de luz.

O que eu reflito é o que sou. Graças a Ele, tenho plena consciência das coisas que não mais preciso.

Então, vou me perdoando, reconhecendo meus erros, reconhecendo aquele tanto de coisas que, com amor e sem cobrança alguma, deixei acontecer, sempre buscando, não o reconhecimento ou a gratidão; mas a benfeitoria de um auxílio, de uma voz que se cala para dar espaço para outra se expressar e, em silêncio, apenas ser um espectador de quem também vive seus conflitos e busca não a salvação, mas o ombro de alguém mais solícito.

Deus me escolheu para ser o que sou, e eu, escolhi ser assim.

Por isso, muitas vezes me rasgo, enfrento, repreendo e volto sempre ao mesmo lugar que me trouxe uma referência boa de vida, de sentimento e sensação de que vale à pena viver.

Aprendi a diferenciar gestos, apelos, extravagâncias e excessos de ego.

Aqui onde eu vivo e as tempestades passam, o tempo, por vezes, tornou-se atípico dentro de mim.

Por vezes sou pequena, sou grande, sou alguém que não quer perder o ar de verão, o frio do inverno ou a ressaca do mar.

Por vezes, tão intensa, derrubo muros e espalho-me como quem quer ocupar o mundo oferecendo um colo bom.

O que eu sei e sinto é que hoje venci mais um dia, venci mais um segundo, um minuto, venci sem competir com ninguém. Sem desejar o mal sabendo que essa é a vida que tenho e que devo cuidar.

Deus é o que me dá suporte e eu sou quem, com carinho e gratidão, abre a porta pra que Ele todos os dias siga comigo.

Tenho fé, tenho meus momentos de resguardo e observação.

Para mim, paz ainda é abrigo. É exílio pro coração.








Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.