Pedir desculpas pode ser um desafio. Primeiro, porque exige uma certa humildade de admitir o erro; isso superado, nem sempre as desculpas soam honestas – e não é garantido que a outra pessoa realmente aceite. Buscando contornar esses desconfortos, um grupo de estudiosos da Ohio State University descobriu a receita para o pedido de desculpas perfeito.

Segundo o estudo, publicado no periódico Negotiation and Conflict Management, pedidos de desculpas podem ser uma ferramenta poderosa de reconciliação… mas nem todos são criados da mesma foma. Os pesquisadores identificaram seis “ingredientes” para um pedido perfeito: expressar arrependimento; explicar o que houve de errado; admitir a responsabilidade; uma declaração de arrependimento; oferecer ajuda para reparar a situação e, por fim, um pedido de perdão. Ao usar todos esses componentes, é possível criar um pedido de desculpa que parece bem pensado em sincero.

Os pesquisadores apresentaram uma situação a 755 voluntários: um cenário hipotético em que um potencial candidato a um trabalho admite que fez algo errado em seu antigo trabalho durante uma entrevista de emprego. O potencial funcionário, então, pede desculpas por suas ações.

Os voluntários ouviram uma grande quantidade de pedidos de desculpas nesse cenário e tiveram que fazer um ranking de desculpas, da mais convincente à menos. Enquanto algumas das desculpas usaram todos os ingredientes, outras só usaram uma ou algumas. Dois dos “ingredientes de desculpas” funcionaram melhor que os outros: admitir que havia errado e oferecer uma forma de consertar o problema. As desculpas menos efetivas foram aquelas que apenas pediam perdão.

O pesquisador Roy Lewicki explica: “desculpas podem parecer baratas. Mas ao dizer ‘eu vou consertar o que está errado’, você se compromete a agir para desfazer o prejuízo. Pedidos de desculpas realmente funcionam, mas você precisa ter certeza de que atingiu a maioria das possibilidades”.