O que me faz hoje querer seguir adiante com algo é o frio na barriga…

O coração, geralmente, costuma bater no mínimo 60 vezes por minuto. Mas como ele está ligado ao cérebro e ao corpo, tende então a trabalhar mais rápido, podendo chegar a 160 bpm (batimentos por minuto).

Isso li em um artigo de um cardiologista. Mas como sou de humanas e não entendo nada sobre a área de biológicas, ainda mais quando vem com uma pontinha de exatas, mesmo que mínima, eu resumirei em sensações, ou melhor, em palavras que possamos todos entender.
[SEND – message] “Amor: estou chegando!”

O celular apita e você já sente o coração bater mais rápido que o normal, você fica sem saber se é apenas o amor batendo na portinha do seu coração ou um enfarte catastrófico do miocárdio. Você olha o celular e sorri automaticamente, é dele (a).

Toda vez que recebo uma mensagem de quem estou interessada minha mente já vem com aquela música do Ed Sheeran e as pernas ficam moles. Sim, ficam parecendo aqueles bonecos super maneiros que você aperta um botão em suas costas e ele desmonta.

Sempre me doei por inteiro em qualquer coisa que me causasse um frio na barriga. Nunca tive medo de quebrar a cara, é claro que temos um certo receio, mas a euforia toma conta de uma tal maneira que fica incontrolável.

É tão bom sentir aquelas milhares de borboletas voando no estômago, que você fica querendo mais, é como uma droga.

Só que, infelizmente, muitas mulheres quando sofrem demasiadamente por algo do passado carregado de decepções, tristezas, choros, desânimo e tudo de ruim que mais couber, é fácil barrar o friozinho na barriga. Você fecha a porta tão forte com trancas e cadeados que não entra uma frestinha de ar, de vento, emoção ou amor, e é muito complicado viver assim.

Por mais que eu tenha passado por grandes decepções amorosas, eu ainda acredito no amor, nas sensações, nas borboletas e no príncipe encantado, até porque a versão de cada um sobre tal é relativo. Por mais infantil que isso pareça é o que me faz acreditar no amor e nunca esmorecer quando não dá certo.

Então, o que me faz hoje querer seguir adiante com algo é o frio na barriga, é nessa hora que as borboletas encasuladas resolvem nascer, fazendo aquela festa linda no estômago.
E se no meio do caminho ela parar de bater as asas e morrer, saiba que o sentimento esmorece junto, afinal de contas, é o que a mantêm viva.








Nascida em 1989, na cidade de São Paulo é formada em jornalismo pelas Faculdades Integradas Rio Branco. Blogueira e metida a escritora é apaixonada por prosas, crônicas e contos. Seus sentimentos e pensamentos ela expressa em seu blog “pelos olhos da cidade”. Dedicada, esforçada, exageradamente dramática e otimista, procura ver a vida de uma forma simplista. É uma antítese incessante.