Por Murilo Leal

Amar não é como na publicidade que tem como objetivo apenas aparecer. Não adianta nada um pedido de casamento em horário nobre, ter declarações de carinho em outdoors na avenida principal, se o amor não é provado todos os dias nas coisas simples.

Nenhuma carta gigante romântica pode substituir um: “Calma, vai ficar tudo bem, estou aqui contigo.” Nenhum buquê de flor está aos pés de uma visita inesperada na porta de casa. Nenhuma serenata pode sobrepor-se a um abraço quando ela está com frio.

Estar em um amor é se preocupar com os pequenos problemas do outro, é aprender a se doar sempre que precisar, é procurar entender o universo do outro, é escutar quando preciso e falar quando necessário. É ser abrigo na hora do susto, companhia na hora da angústia, lugar confortável na hora de segredar, um alicerce quando sofre atentado.

O amor mora justamente nos detalhes. Amar é pedir a Deus que cuide dele quando saí cedo para trabalhar, é cantar desafinado a música predileta dela, é acertar o ponto que ele gosta da carne só para vê-la sorrir, é jogar papo fora na sacada, assistir um filme mesmo sem vontade apenas para continuar abraçadinho, é segurar na mão com orgulho, é fazer questão dos amigos dele, é acordar com Whatsapp cheio de mensagem dela.

Amar é se importar e demonstrar

O amor reside exatamente nas minúcias. É não deixar um discussão ir longe demais, é fazer careta e ver o outro segurar para não rir, é encontrar o rosto no ombro, é por o cabelo atrás da orelha, beijar a testa no meio da crise de choro, segurar no queixo antes do beijo, é tapar os olhos e esperar ele advinham, ir para um parque sem combinar antes, é ouvir o batimento acelerar com a cabeça no peito.

O amor habita pontualmente nas sutilezas. É rir da sujeito que o outro faz enquanto come um hambúrguer, é juntar as economias e ir tomar um sorvete, é pelo menos tentar falar menos de si, é não fazer a menor ideia de porque está onde está mas se divertir, é fazer de tudo para nunca perder o outro. É não se importar com a gasolina e sim com a oportunidade de se encontrar, é ficar e, às vezes, também ir.

Saber sobre amar alguém nos ajuda a perceber o mundo de maneira bem diferente, mas melhor mesmo é saber que o amor foi feito para ser percebido sem rodapés, identificado sem esconderijos, experimentado sem reservas.

O amor é um grito que não é feito pela boca apenas, mas principalmente pelos gestos. O amor é construído bem devagar, mas quando se torna um edifício alto, nem o tempo pode fragiliza-lo. O amor apenas fica e sua voz ecoa com atitudes. Amar é gritar com gestos.








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