É comum tentar se desviar ou mesmo abafar sentimentos ruins que, apesar de naturais, normalmente estão relacionados a momentos de tensão, estresse e infelicidade. Mas saiba que emoções negativas fazem parte da natureza humana, não devem ser ignoradas e podem até trazer benefícios.

Conheça o lado bom de emoções negativas

O sentimento da raiva, marcado por explosões e perda de controle, causam grande desconforto pessoal e para quem nos cerca, mas entenda que ela também serve como um bom mecanismo contra possíveis atos de exploração. A emoção pode ajudar a estabelecer limites, favorecer negociações, evitar abusos e promover atos de justiça.

Você já aprendeu que arrependimento não mata e que decepções são comuns a qualquer ser humano. Então, por que esconder tais emoções? Se arrepender abre espaço para uma autoavaliação ampla, que contribui para o crescimento pessoal, melhora de comportamento e encorajamento.

A decepção, por sua vez, serve de alerta para fazer uma melhor leitura íntima e do outro, amadurecendo a ideia de respeito a limites alheios e da importância da prática da tolerância com o próximo, por mais diferente que ele possa parecer de você.

Tristeza e sofrimento não são sentimentos que gostamos de construir e manter, mas como tampouco podem ser ignorados, desprezados e desviados, podem ser armas úteis para o fortalecimento pessoal.

As emoções negativas nos ajudam a entender nossas limitações diante do mundo e contribui para a noção de que nem sempre podemos controlar situações e sentimentos. Elas ainda são úteis por motivarem mudanças, correções e aprendizado em todas as áreas da vida.

A tristeza também nos faz colocar os pés no chão e exercer a racionalidade e o pensamento mais concreto. Funciona como um choque de realidade que precisamos ter de tempos em tempos para amadurecer.

É válido notar, portanto, que as emoções ruins são importantes para o desenvolvimento e para a aceitação de defeitos próprios e alheios. Elas contribuem para uma maior consciência de nosso papel em nossas relações afetivas e ajudam a valorizar o que tempos de melhor: nossa própria humanidade.